Nesse momento há um casal que não se entende,
há um adeus e o até logo,
um abraço e um desamparo.
Nesse momento a cidade acorda,
enquanto muitos de nós dormem
e vivem com medo do sol.
Com medo de que as ruas cobrem,
com medo do que as ruas cobrem.
Nesse momento há um amor
destruído por um amante,
há causas nobres que destroem diamantes,
há vidas tortas que não escondem seus pensamentos infames.
Sem medo de que as ruas cobrem,
sem medo do que as ruas cobrem.
Nesse momento há um sinal fechado,
há um desaforo e um muito obrigado.
Também existem nuvens e ondas quebrando na areia,
o sudoeste que sopra, o coqueiro que dobra,
a menina que corre pela endorfina na veia.
Nesse momento há o desejo,
um lampejo...
Há um desacato, um olhar abismado,
um tapa, um tiro, um beijo.
Há um início, um fim e um meio.
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