Trombei, bati, corri com reis nas mãos,
se fez, não faz, desfaz e amém.
Todo dia não tem nada demais,
não tem nada pra mim aqui e além...
Cinco e trinta, trinca, de baixo da língua
e escorrega a vida nessa linha.
Confunda o asfalto e o mar.
Confunda o amor com qualquer coisa.
O cerol por aqui anda fino,
o rodo passa, a rede puxa,
o anzol fere quem será ferido,
fere quem será ferido.
Mas a vida anda linda, leviana,
essa vida tem valido alguns tostões por aqui,
alguns mil réis, alguns papéis, papéis...
Com suas loirinhas padrão,
desfilando os amores nos olhos
e seus poderes ilusórios pelas ruas do leblon,
com vestidos de algodão,
com seus vestidos de algodão doce...
Doce, doce, doce...
Doce, doce, doce...
Nas quinas da cidade,
trombando brancas lagartinhas
e seus cristais, suas gotinhas...
Acredite que é pura, espuma, bota pra fora o medo,
a caretice hoje é toda minha e não tem mais segredo.
Marquemos pedaladas pelo céu,
marque de marquei aquele só com os seus...
Ou marque com uma daquelas, com aquela colada no céu,
com aquela colada no céu, colada no céu da boca.
Trombei, bati, corri com reis nas mãos,
se fez, não faz, desfaz e amém irmãos.
A vida é doce...
Doce, doce.
E ainda é cedo...
Cedo, cedo demais.
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