só pra saber como está, como vai tudo por aí
mesmo que longe estejamos só em pensamento.
Duas quadras quase não são mundos muito diferentes.
Mas as suas caras desacreditadas,
furiosa com o acaso por esbarrar comigo nas esquinas.
Me deixam descrente de um acerto,
lembram a mim que é o seu jeito que de repente me corta o barato.
E tudo que foi nosso,
hoje me deixa num ponto turvo da vida.
Lugar onde não me encontro, não me encaixo,
não vago mais cambaleante gritando alto pelos cantos,
e nem creio tão profundamente
que estar sozinho é um prêmio em todo amanhecer.
Caminhando sem grande alento, sem grande amor pela vida,
sem pressa, com a felicidade escorada nos ombros, caindo,
falsa como os sorrisos da noite,
por quaisquer que fossem os motivos ou os amores que jurei.
De vez em quando, eu nem sei porque,
parece que conseguiria viver sem você.
Mas se ouço na sua voz um tom feliz ante a minha falta,
isso me dói, destrói...
Roem no peito os mil castelos que ergueria pelo seu amor,
e então num surto eu desligo o rádio, a tv, o mundo,
desligo tudo que possa querer desligado...
E fujo dos meus pulsos,
procuro driblar os impulsos
nem sempre tolos de me mandar daqui.
Me enterrando no amor que você tinha nos olhos,
mentalizando que a sua felicidade
é bem mais importante que qualquer vontade...
Qualquer vontade.
Mas de vez em quando é bom pensar,
que bom seria mesmo,
que feliz fosse eu com você...
Como deveria ser,
Eu e você.
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