Seus olhos pretos
são da cor das minhas vontades
e o riso rasgado inocente
vive perigosamente rente
a minha sede compulsiva de te amar.
Te comer com os olhos
já é um costume inextirpável do meu ser,
eu te quero tanto, tanto...
Que vivo arrumando encrencas,
eu vivo roubando idéias,
juntando destinos e viagens,
estudando a sério Bonnie & Clyde.
Mas a verdade é que eu não quero fugir,
nem fingir!
Eu queria é entender de pintura
pra te pintar numas aquarelas...
Ou então tocar piano
e inundar a sala com as sonatas
menos discretas que encontrar
pra te pegar desprevenida qualquer hora.
Quero tantas coisas,
mas queria mesmo fazer de você
minha princesa do baixo
ou das terras do alto que você quiser.
A mais linda do sétimo céu,
a vampira do arpoador,
menina do rio, garota dourada,
primeira dama... do rei do nada.
Soberana da minha parte,
imediata do Deus sol,
radiante, imprescindível luz,
a primeira de minha santíssima trindade,
a mais leve cruz...
A rainha de todas as verdades
dos meus desonestos verde-azuis.
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