Eu e você,
como numa novela do maneco na tv,
só que sem drama, sem vilão,
só amor e o Leblon inteiro na moldura,
na janela do nosso mundinho particular...
Eu, você,
baixo bebê, amor,
uns anos,
dez, vinte, trinta...
Que vida linda,
que prazer imenso
esse de te ver passar,
de ver tempo passar do seu lado...
Saber que você é tão minha
e tão necessária quanto o ar
que agora eu respiro pra viver.
Vida curta, mundo pequeno,
o azul da sul... Eu, você,
umas crias lindas,
um moleque, umas loirinhas
e um retriever pra roer a casa toda.
Uns sustos, arrependimentos,
uns surtos, uns dias cinzentos,
acontece, mas a paz é logo ali na praça...
Está à vista, é a nossa senhora,
é prece, é coisa de quem envelhece,
nosso lugar,
nosso jeitinho tranquilo de levar a vida,
de ver tempo passar,
se render ao mel da burguesia,
é doce, é sim, é vida...
Vida curta, mundo pequeno,
o azul da sul... Seus mantras,
seus problemas todos só pra mim,
seus instintos, seus incensos,
os seus olhos de pidona...
Meus tapetes,
livros bagunçados,
o piano empoeirado amontoando a sala,
minhas histórias, os retratos,
mil retalhos de nós dois...
Vida curta pra estar com você,
mundinho perfeito pra seguir com você,
o azul da sul é seu,
meu tempo, meu canto, meu lugar,
minhas outras vidas,
você...
Onde estiver,
onde for,
estarei...
Eu.
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