quarta-feira, 1 de outubro de 2014

Amor barrense

No avesso das serras,
das pedras,
labirinto...

Não te sinto perto.

Nos lados mais distantes,
nós opostos...

Não está certo.

Só pra te ver
eu atravessaria um deserto
ou dois...
eu diria até um mundo inteiro.

Mas a Barra é sempre assim tão longe,
tão, tão distante!

Beirando o mar,
agora são quase quatro e trinta,
e quatro e quarenta e quatro
é o nosso momento...

Eu juro que chego antes,
eu juro mesmo que vou,
talvez esteja mentindo,
talvez esteja só fingindo amor...

Chove uma barbaridade,
São Conrado está debaixo d'água,
talvez seja verdade,
talvez eu ainda esteja em casa...

Porque pra te ver
eu atravessaria o Nilo a nado,
eu compraria um jetski
ou dois...

Mas a Barra é sempre tão distante,
tão, tão distante...

Que eu não vou...

Ah, eu não vou!

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