De repente o mundo é mundo
e não há mais tempo
pra reger minhas estátuas...
O sol me deu um susto,
o escuro todo desapareceu,
e não há mais aquela encantadora
aura de sombras, a ausência de luz.
De repente já era hora de sumir,
hora de estar em qualquer lugar
muito longe dali...
De se negar a vida e deitar,
deixar seguir o tempo.
Já tem gente demais por aí,
eu desocupo o espaço tempo,
me encontro mesmo é no descaso,
no desencontro...
E é por isso que me viro sempre só,
eu não me sinto de ninguém,
porque é sem que eu sou mais eu,
é assim que me escondo do sol,
bem de leve, sem deixar que ele dê falta de mim...
É sozinho que me viro em lírios
pra viver de lua,
viver de rua,
do barulho do silêncio...
Fuga.
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