Soprando a dor pra fora dos meus pulmões,
eu fiz uma ultima canção
em seu nome...
Me aproveitando da distância,
das últimas lembranças,
eu fiz cantarolando essa melodia.
Apago o cigarro no meu pulso,
bem sado, me queimo, eu procuro
o resto do seu amor esquecido no meu sangue,
um último suspiro, veneno,
um vício, o meu levante...
E me assusto quando encontro
nos cantos mais improváveis do meu corpo,
um pouco de você,
de um beijo com gostinho de geléia de morango,
nada mal... tango down, down, down.
Você me deixa assim cambaleante,
toda vez a mesma história,
já é quase uma constante...
e os seus olhos sacanas
perdidos em outras camas,
me tiram o sono, roubam toda poesia,
fazem sangria da minha vida...
Apago o cigarro no meu pulso,
nesse passo pranteado eu sigo
porque só me acho nessa dor,
só me acho entregue a esse sentimento agudo,
consternação, esse desgosto profundo...
Fazendo de novo
juras de uma última canção,
rastejando com a alma,
imerso em boas intenções,
vou me entregando a sua falta,
destruindo outros corações.
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