segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

Ode as loucas

Sempre quis um amor de novela,
eu sempre quis ter aquela,
uma doida varrida,
uma dessas que sobe nas mesas de bar,
que tem ataques e se morde de ciúmes.

Sempre quis ter aquela menina,
aquela que te faz querer família,
que te faz sonhar um bom futuro
até num sábado de tarde.

Ah, eu sempre quis um amor assassino,
um bem selvagem com facas e tiros,
eu sempre quis uma louca pra mim,
uma que tivesse tanto amor quanto eu tenho pra dar.

Sempre quis mulher descontrolada,
daquelas que faz tudo pra me ter dentro de casa,
eu sempre quis uma dessas possessivas
que me fizessem ver loucura no amor,
eu sempre quis uma louca pra mim,
uma que tivesse tanto amor quanto eu tenho pra dar.

Dessas passionais, desequilibradas,
com amor demais, como as almas penadas,
inteligentes, intensas serpentes,
são tão quentes no seu delírio de amor,
disparatadas pela vida,
vivem imunes as próprias feridas,
alucinadas seguem firme a ferro e fogo,
movidas por todo amor do mundo,
lunáticas, intempestivas,
tomadas pelo amor que trazem no peito,
pelo seu desequilibrio astral,
essa obssessão carnal...

São meninas, lindas meninas,
que carregam o peso do amor demais,
e por isso sentem tanta dor pela vida,
são meninas, lindas meninas,
que carregam o peso do amor demais,
muito amor demais pra ter, pra dar.

Nenhum comentário:

Postar um comentário