Quando eu inventei de ser poeta
eu não sabia que devia amar,
e se hoje eu amo tanto,
é triste, mas diria que é quase que por força da ocupação,
quase sempre é pra manter o ganha-pão.
Amar machuca muito,
e quase ninguém sabe como faz pra amar direito,
ainda mais nesses dias,
nesses tempos tão difíceis que vivemos,
amar não é pra qualquer um,
o amor é pra quem sabe dar, se doar.
Por isso amar machuca tanto,
quem ama quase sempre é dos outros,
quem ama faz da vida esse circo desleixado,
faz da vida um picadeiro
e se apresenta o palhaço desastrado.
Mas quando eu inventei de ser poeta
eu não sabia que tinha que amar,
eu não li isso nas letrinhas pequenas,
e todo amor hoje é acidente e obrigação,
é pra girar a roda da vida, continuar o show,
deixar o vento levar,
hoje, todo amor é uma mentira,
porque ninguém mais sabe amar.
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