segunda-feira, 27 de junho de 2016
A cura
Me deixe só por hoje ser feliz,
não abra sua boca,
nem fale do que acha que lhe diz respeito.
Porque da minha parte é sempre de coração
quando eu digo que não,
que não quero saber como anda o seu...
O seu.
Me deixa viver de longe
e só saber por acidente.
Me deixa viver dessa falta de amor
como quem faz disso um interesse livre-docente.
E me perdoe o tom pedante
mas isso é pela ausência de interesse, amor...
No amor.
É que eu ando ultimamente entretido,
tomado por uns sentimentos, uns estilhaços variados,
algo como um coquetel de dores sortidas,
uma compilação de fracassos...
Eu ando remexendo uns espaços,
lugares que sempre tiveram alguma coisa pra me dizer,
e que escondi muito bem escondido
pra não tropeçar no próprio sofrer.
Tô dando uma volta por aí,
revirando os vãos entre os paralelos,
as raízes daquele lugar, das pedras da nossa parte,
que não sei se você sabe
mas continuam sendo parte de um infinito desaguar.
Tô dando uma volta cercado de despretensão,
com uma mão na frente e outra no acaso...
Tô procurando pra não encontrar,
esperando uma chuva de dezembro
que me pegue de surpresa na sua rua,
e traga num tiro, num pingo morno,
aquele tempo que não parou pra você ficar.
É, eu tô nessa,
tateando qualquer coisa que me faça sentir,
que me faça não querer sumir daqui...
Algo que se misture, sincretize, incorpore
e por dentro detone...
Algo que machuque, que aniquile,
extermine, dissolva, destrua!
Algo que não seja amor
e que me cegue, me triture...
Que só guarde a síntese
e então por milagre ou piedade
me refaça e me cure.
não abra sua boca,
nem fale do que acha que lhe diz respeito.
Porque da minha parte é sempre de coração
quando eu digo que não,
que não quero saber como anda o seu...
O seu.
Me deixa viver de longe
e só saber por acidente.
Me deixa viver dessa falta de amor
como quem faz disso um interesse livre-docente.
E me perdoe o tom pedante
mas isso é pela ausência de interesse, amor...
No amor.
É que eu ando ultimamente entretido,
tomado por uns sentimentos, uns estilhaços variados,
algo como um coquetel de dores sortidas,
uma compilação de fracassos...
Eu ando remexendo uns espaços,
lugares que sempre tiveram alguma coisa pra me dizer,
e que escondi muito bem escondido
pra não tropeçar no próprio sofrer.
Tô dando uma volta por aí,
revirando os vãos entre os paralelos,
as raízes daquele lugar, das pedras da nossa parte,
que não sei se você sabe
mas continuam sendo parte de um infinito desaguar.
Tô dando uma volta cercado de despretensão,
com uma mão na frente e outra no acaso...
Tô procurando pra não encontrar,
esperando uma chuva de dezembro
que me pegue de surpresa na sua rua,
e traga num tiro, num pingo morno,
aquele tempo que não parou pra você ficar.
É, eu tô nessa,
tateando qualquer coisa que me faça sentir,
que me faça não querer sumir daqui...
Algo que se misture, sincretize, incorpore
e por dentro detone...
Algo que machuque, que aniquile,
extermine, dissolva, destrua!
Algo que não seja amor
e que me cegue, me triture...
Que só guarde a síntese
e então por milagre ou piedade
me refaça e me cure.
domingo, 26 de junho de 2016
Mau humorado
Que cansaço me dá dessa gente que ama,
dessa gente que ama demais,
dessa gente que se entrega
e se parte por outras almas.
Ah, que cansaço que me dá,
escuta bem, não é desaforo,
talvez seja inveja,
mas é que me cansa,
dessa gente que ama demais,
dessa gente que se entrega
e se parte por outras almas.
Ah, que cansaço que me dá,
escuta bem, não é desaforo,
talvez seja inveja,
mas é que me cansa,
e às vezes me dá náuseas...
Ainda mais pela manhã,
ah, pela manhã esse amor cai bem,
cai como um piano de cauda, do sétimo andar,
e durante à tarde, serve muito bem no brunch,
acompanha um tiro na têmpora.
E a noite, ah,
a noite vem com muito mais charme,
durante a noite o amor é lindo envenenado,
espumando estricnina,
Ainda mais pela manhã,
ah, pela manhã esse amor cai bem,
cai como um piano de cauda, do sétimo andar,
e durante à tarde, serve muito bem no brunch,
acompanha um tiro na têmpora.
E a noite, ah,
a noite vem com muito mais charme,
durante a noite o amor é lindo envenenado,
espumando estricnina,
vomitando toda efusividade dos dias,
depois de boas doses de gin.
Ah, esse descaso com a vida é só cansaço,
é tudo cansaço, só porque me agride essa gente de coração enorme,
essa gente que transborda,
esse tipo que sorri o tempo inteiro.
Por isso eu fiz esse relato mau humorado,
esse retalho de um mundo acinzentado,
para que não me estafem com esse instinto de amar,
para que não me neguem solidão enquanto eu puder me ausentar.
depois de boas doses de gin.
Ah, esse descaso com a vida é só cansaço,
é tudo cansaço, só porque me agride essa gente de coração enorme,
essa gente que transborda,
esse tipo que sorri o tempo inteiro.
Por isso eu fiz esse relato mau humorado,
esse retalho de um mundo acinzentado,
para que não me estafem com esse instinto de amar,
para que não me neguem solidão enquanto eu puder me ausentar.
quarta-feira, 22 de junho de 2016
Ela dança pro sol
Ela dança pro sol, faz poses siderais,
desfila de mãos dadas com seus algozes marginais,
ela faz dança firme, pisa fundo nas areias,
e desfila de mãos dadas
com tanto amor em suas veias.
Ah, morena,
morena, esses seus olhos verdes
são tão mortais e tão bons,
me trazem essa paz,
e o que é bom, é que eles sabem amar,
sabem sorrir como um Deus faz...
Ah, morena,
morena, esses olhos verdes
estão tão além de mim,
tão além do que eu posso ou do que deveria,
tão distantes de tudo que está em minhas mãos,
de tudo que eu posso fazer
e do que posso compreender também.
Ela dança pra sol, faz suas poses siderais,
se espalha como se o mundo descesse,
vira os olhos como se a terra descansasse,
ela é a festa dos anjos, o ritmo de todos os sóis,
ela é mais que o amor, em todas as suas expressões,
e ela dança pro sol, fazendo inveja aos girassóis.
Ah, morena,
morena, esses olhos verdes
transcendem explicações,
são tão perfeitos em seus tons,
que não me deixam ficar,
eu preciso te entregar.
Ah, morena,
morena, esses olhos seus,
eles são demais pra serem meus,
e você ainda precisa descobrir
mas os seus verdes são do sol,
seus olhos verdes são do sol e de mais ninguém.
desfila de mãos dadas com seus algozes marginais,
ela faz dança firme, pisa fundo nas areias,
e desfila de mãos dadas
com tanto amor em suas veias.
Ah, morena,
morena, esses seus olhos verdes
são tão mortais e tão bons,
me trazem essa paz,
e o que é bom, é que eles sabem amar,
sabem sorrir como um Deus faz...
Ah, morena,
morena, esses olhos verdes
estão tão além de mim,
tão além do que eu posso ou do que deveria,
tão distantes de tudo que está em minhas mãos,
de tudo que eu posso fazer
e do que posso compreender também.
Ela dança pra sol, faz suas poses siderais,
se espalha como se o mundo descesse,
vira os olhos como se a terra descansasse,
ela é a festa dos anjos, o ritmo de todos os sóis,
ela é mais que o amor, em todas as suas expressões,
e ela dança pro sol, fazendo inveja aos girassóis.
Ah, morena,
morena, esses olhos verdes
transcendem explicações,
são tão perfeitos em seus tons,
que não me deixam ficar,
eu preciso te entregar.
Ah, morena,
morena, esses olhos seus,
eles são demais pra serem meus,
e você ainda precisa descobrir
mas os seus verdes são do sol,
seus olhos verdes são do sol e de mais ninguém.
domingo, 19 de junho de 2016
Em alguém
Não ouço mais Caetano em paz,
eu sinto saudades,
tudo que eu faço hoje é pra te esquecer,
não finjo, me entrego.
Porque se tudo me lembrar você,
do que sou feito eu, que hoje só vivo sem te ver,
não posso mais sair de casa descuidado,
porque se te vejo, em pedacinhos me desfaço...
E o Rio todo hoje me traz teus olhos,
traz o teu jeito em qualquer lugar,
ouço tua voz nos anúncios do rádio,
vejo você na varanda de casa...
Eu me entrego, já não finjo mais,
não ouço uma música em paz,
eu não consigo assistir nem um filme,
sempre te vejo, eu sempre te encontro em alguém.
eu sinto saudades,
tudo que eu faço hoje é pra te esquecer,
não finjo, me entrego.
Porque se tudo me lembrar você,
do que sou feito eu, que hoje só vivo sem te ver,
não posso mais sair de casa descuidado,
porque se te vejo, em pedacinhos me desfaço...
E o Rio todo hoje me traz teus olhos,
traz o teu jeito em qualquer lugar,
ouço tua voz nos anúncios do rádio,
vejo você na varanda de casa...
Eu me entrego, já não finjo mais,
não ouço uma música em paz,
eu não consigo assistir nem um filme,
sempre te vejo, eu sempre te encontro em alguém.
quinta-feira, 16 de junho de 2016
Só de sol
Eu ainda sonho com você ao meu lado,
quando dizia que eu fazia tudo errado,
mas ainda assim
me amava cada vez mais.
E hoje, eu acordo feito criança, chorando,
despertando em dias tristes como esse
em que você me aparece nos sonhos,
me aparece com esses seus olhos que me mostram outra vida,
com a sua voz que me regula,
e com o seu corpo vestido que me traz tanta agonia.
Você não entenderia, mas é que,
eu morro de medo dessa vida onde você não está,
e eu escrevo muito mais de mil palavras sofridas pra você voltar,
então volta, vem pra mim,
vem dizer que eu preciso mudar de novo,
vem sim, vem falar que você é demais pra mim,
e que eu não sei de nada e nunca vou saber,
que eu não sei de nada e sou muito pouco pra você.
É, você não entenderia mesmo,
mas ainda quero acordar feito criança do teu lado, sorrindo,
e quando você me aparecer nos sonhos, quero poder te contar tudinho,
e se os seus olhos me mostrarem nova vida, quero vivê-la com você,
ouvindo sua voz rouca todo dia de manhã,
deitado assistindo o seu corpo vestido só de sol,
me trazendo essa plenitude antes inalcançável,
assistindo o seu corpo descansando e vestido só de sol.
quando dizia que eu fazia tudo errado,
mas ainda assim
me amava cada vez mais.
E hoje, eu acordo feito criança, chorando,
despertando em dias tristes como esse
em que você me aparece nos sonhos,
me aparece com esses seus olhos que me mostram outra vida,
com a sua voz que me regula,
e com o seu corpo vestido que me traz tanta agonia.
Você não entenderia, mas é que,
eu morro de medo dessa vida onde você não está,
e eu escrevo muito mais de mil palavras sofridas pra você voltar,
então volta, vem pra mim,
vem dizer que eu preciso mudar de novo,
vem sim, vem falar que você é demais pra mim,
e que eu não sei de nada e nunca vou saber,
que eu não sei de nada e sou muito pouco pra você.
É, você não entenderia mesmo,
mas ainda quero acordar feito criança do teu lado, sorrindo,
e quando você me aparecer nos sonhos, quero poder te contar tudinho,
e se os seus olhos me mostrarem nova vida, quero vivê-la com você,
ouvindo sua voz rouca todo dia de manhã,
deitado assistindo o seu corpo vestido só de sol,
me trazendo essa plenitude antes inalcançável,
assistindo o seu corpo descansando e vestido só de sol.
quarta-feira, 15 de junho de 2016
A gente que faz
Olhos de mar que descansam meu espírito,
e dão luz a novos ritos, todos de amar,
novos mundos na retina, na paixão que transparece,
no suor que a derrete, no gosto de sal.
Sol, só essa menina me entende assim,
sol, só ela me lê por inteiro,
só ela é que faz o tempo parar.
Com aqueles olhos de mar
mesmo nos dias mais cinzas, nas tardes mais mortas,
nos rios de tédio que arrastam a minha paz,
fazendo fogueiras no apartamento,
acendendo os corpos e inventando os nomes dos nossos filhos.
Só pra descobrir e entender que o amor é assim,
o amor é a gente em paz,
o amor é a gente que faz,
com os olhos de mar e o amor que guardamos,
as peças de roupa jogadas no chão,
só assim, sol,
só assim...
Sol, só essa menina dos olhos de mar,
só ela e as areais vão poder me guardar
aqui nesse meu rio de amor,
só ela me entende, sol,
só ela me traz das sombras,
só ela que faz assim...
Com aqueles olhos de mar e o sorriso rasgado,
as marcas no peito e tanto amor por mim,
mesmo nos dias mais cinzas,
nas noites sem vida,
no mundo mais frio e nas ruas escuras...
Sol, só essa menina me entende assim,
só, só ela me lê por inteiro,
só ela que faz o tempo parar pra mim.
e dão luz a novos ritos, todos de amar,
novos mundos na retina, na paixão que transparece,
no suor que a derrete, no gosto de sal.
Sol, só essa menina me entende assim,
sol, só ela me lê por inteiro,
só ela é que faz o tempo parar.
Com aqueles olhos de mar
mesmo nos dias mais cinzas, nas tardes mais mortas,
nos rios de tédio que arrastam a minha paz,
fazendo fogueiras no apartamento,
acendendo os corpos e inventando os nomes dos nossos filhos.
Só pra descobrir e entender que o amor é assim,
o amor é a gente em paz,
o amor é a gente que faz,
com os olhos de mar e o amor que guardamos,
as peças de roupa jogadas no chão,
só assim, sol,
só assim...
Sol, só essa menina dos olhos de mar,
só ela e as areais vão poder me guardar
aqui nesse meu rio de amor,
só ela me entende, sol,
só ela me traz das sombras,
só ela que faz assim...
Com aqueles olhos de mar e o sorriso rasgado,
as marcas no peito e tanto amor por mim,
mesmo nos dias mais cinzas,
nas noites sem vida,
no mundo mais frio e nas ruas escuras...
Sol, só essa menina me entende assim,
só, só ela me lê por inteiro,
só ela que faz o tempo parar pra mim.
quinta-feira, 9 de junho de 2016
Cena
Eu não fiz um filme pra te esquecer,
não escrevi um livro sequer,
não gravei nada com o seu nome,
eu não chorei noites inteiras.
Eu só deixei passar,
deixei bater como batem as ondas do mar nas areias,
deixei o vento levar nossa história,
eu escolhi esquecer,
quis que não morasse em mim
e que a tristeza não fosse um problema.
Eu não fiz um filme pra te esquecer,
mas deveria.
Não escrevi um livro sequer,
e eu bem queria.
Não gravei nada com o seu nome,
ainda.
Eu não chorei noites inteiras,
que mentira.
Eu só deixei passar,
como passa um trem sob um suicida.
Deixei o vento levar nossa história,
mas espalhei memórias pela casa.
Quis que você não morasse em mim
e que a tristeza não fosse um problema,
mas eu falhei, transformei todo o amor nessa cena.
não escrevi um livro sequer,
não gravei nada com o seu nome,
eu não chorei noites inteiras.
Eu só deixei passar,
deixei bater como batem as ondas do mar nas areias,
deixei o vento levar nossa história,
eu escolhi esquecer,
quis que não morasse em mim
e que a tristeza não fosse um problema.
Eu não fiz um filme pra te esquecer,
mas deveria.
Não escrevi um livro sequer,
e eu bem queria.
Não gravei nada com o seu nome,
ainda.
Eu não chorei noites inteiras,
que mentira.
Eu só deixei passar,
como passa um trem sob um suicida.
Deixei o vento levar nossa história,
mas espalhei memórias pela casa.
Quis que você não morasse em mim
e que a tristeza não fosse um problema,
mas eu falhei, transformei todo o amor nessa cena.
terça-feira, 7 de junho de 2016
Mudou-se
Mudou-se de mim, construiu novo abrigo
em novo coração, sumiu de mim,
partiu e fez-se nova mulher,
com o mesmo sorriso
e a mesma feição encantadora.
Deixou pelos espaços vazios da casa um sentimento absorto,
largou pelos cantos lembranças invisíveis,
gemidos, risadas, suspiros de amor,
viu-se curada de mim e me despedaçou,
pendeu pelo mundo sem dó do que esqueceu comigo.
Fugiu sem se dar conta do que fazia,
andou pra longe, zarpou com os olhos fundos,
fundos de fundo de mar, sem gosto de mar,
só escuro de mar, de mar muito fundo
e sem vida nenhuma.
Entorpeceu-me de falta,
negligenciou o meu amor,
retirou dos meus olhos o sorriso que me era tão necessário,
esqueceu-se do quanto vivemos,
escolheu novo mundo, quis perder-se com outro...
E eu fiquei por aqui,
pranteando essa ausência, cultivando tristezas,
regando o velho mundo com as minhas agonias,
sem querer qualquer outra,
só vivendo esse escuro e essa melancolia.
em novo coração, sumiu de mim,
partiu e fez-se nova mulher,
com o mesmo sorriso
e a mesma feição encantadora.
Deixou pelos espaços vazios da casa um sentimento absorto,
largou pelos cantos lembranças invisíveis,
gemidos, risadas, suspiros de amor,
viu-se curada de mim e me despedaçou,
pendeu pelo mundo sem dó do que esqueceu comigo.
Fugiu sem se dar conta do que fazia,
andou pra longe, zarpou com os olhos fundos,
fundos de fundo de mar, sem gosto de mar,
só escuro de mar, de mar muito fundo
e sem vida nenhuma.
Entorpeceu-me de falta,
negligenciou o meu amor,
retirou dos meus olhos o sorriso que me era tão necessário,
esqueceu-se do quanto vivemos,
escolheu novo mundo, quis perder-se com outro...
E eu fiquei por aqui,
pranteando essa ausência, cultivando tristezas,
regando o velho mundo com as minhas agonias,
sem querer qualquer outra,
só vivendo esse escuro e essa melancolia.
Receita
Fisionomia Caetaneana,
veias de Gil e alma de Mutante.
Sangue de Antonio Brasileiro,
pulmão de Elis,
pés e mãos de Jackson do Pandeiro.
Coração de Maysa,
fígado de Raul,
voz de Caymmi, olhos de Chico,
amor de Cazuza.
De Tim Maia a loucura,
de Roberto mil faces.
Elementos flutuantes do samba do Zeca,
e a desistência, a impaciência,
a timidez inconcebível de João Gilberto.
Um olhar de Lobão,
um sonho de Julio Barroso,
pedaço bom de Renato,
de Gal eu quero só um beijo bem gostoso.
De Rita Lee um sentimento free,
de Cartola a tristeza mais linda,
de Vinicius toda poesia
e de Erasmo amor de irmão.
Destrambelhamento de Novo Baiano,
desassossego de Seco Molhado,
sucesso raro de Lulu,
estrela de Barão, de Titãs,
e Raimundos.
veias de Gil e alma de Mutante.
Sangue de Antonio Brasileiro,
pulmão de Elis,
pés e mãos de Jackson do Pandeiro.
Coração de Maysa,
fígado de Raul,
voz de Caymmi, olhos de Chico,
amor de Cazuza.
De Tim Maia a loucura,
de Roberto mil faces.
Elementos flutuantes do samba do Zeca,
e a desistência, a impaciência,
a timidez inconcebível de João Gilberto.
Um olhar de Lobão,
um sonho de Julio Barroso,
pedaço bom de Renato,
de Gal eu quero só um beijo bem gostoso.
De Rita Lee um sentimento free,
de Cartola a tristeza mais linda,
de Vinicius toda poesia
e de Erasmo amor de irmão.
Destrambelhamento de Novo Baiano,
desassossego de Seco Molhado,
sucesso raro de Lulu,
estrela de Barão, de Titãs,
e Raimundos.
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