A beleza do mal, é a gargalhada de um vilão.
É quem sabe o fim da estrada na hora do assalto,
é o moleque que dá tchau e um sorriso com a 9mm na mão.
A beleza do mal, é o simples, é o fatal.
A beleza do mal, é a sombra da maldade sempre silenciosa e cordial.
A beleza do mal, tá por baixo dos panos, tá no cotidiano.
É o sorriso discreto na hora da queda,
é o momento desesperador e ao mesmo tempo tão lindo que daria uma pintura.
A beleza do mal, tá no pedido de socorro
que não escolhe hora, vítima, nem lugar.
A beleza do mal, tá na vida e ta na morte,
a beleza do mal ta no jogo, no azar e na sorte.
Na virada de mesa,
no gol do adversário aos 47 do segundo tempo,
na tarde quente que não sopra o vento.
Tá nos detalhes, nos olhares que são como tiros,
olhares mais belos que os de bondade,
olhares puros, mas que trazem consigo a beleza da maldade.
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