Por mais lindo que fosse o dia
e os raios de sol que ele trazia,
os poemas permanentes em teu corpo
se faziam superiores sozinhos,
poentes que contraditoriamente ardiam.
Ardiam o querer,
o quero mais...
Ardiam a vontade de não esquecer,
de parar o tempo e não olhar pra trás.
Hoje sei do tempo que te conheço
mas antes disso não sei porque, dispenso!
Eu renuncio ao prazer de ser só meu,
e vivo dividido em estilhaços,
entre meus prazeres e o fim dos meus desejos.
Por isso sem pensar
eu peço a volta daquelas dores saturnais,
dos nobres vícios que me punham de pé...
Assim, só tenho a continuar por ti,
e acho que falo de conjunto, de de repente
alguém virar meu mundo, ser meu tudo.
Jeito de falar, brigar, chorar
de acordar com os olhos sujos de rímel
e me fazer adorar, sentir falta disso...
Dos olhos mel, sorriso céu,
covinhas essenciais
e curvas tão especiais...
Sinto que por mais lindo que fosse o futuro,
ele estaria sempre menos radiante sem você,
estaria sempre incompleto
como se ainda estivesse por fazer.
E não sei porque essa fissura por futuro,
você já me ensinou tantas vezes o agora,
esse lance clichê de ser eterno jovem e viver de fases,
querer fugir, correr, ir embora...
Esquecer de tudo.
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