segunda-feira, 13 de junho de 2011

Perdidas

A noite clara agora cai sob o véu de verdades que habitam no escuro
e esse céu de estrelas, o chão de pedras portuguesas
as vestes cores de turquesa e a noite que não mete medo assim

Gritam, vai tua vida
esquece o chão que pisa e vive o céu que idealiza
cai feito estrela cadente, realiza desejos,
todos os teus medos tesos, indecentes.

Sentes o céu como o chão, vives o amor feito uma eterna rotina
que te reanima a cada dia a cada verso de agonia
a cada momento que só ressalta e salta os olhos

Lembra-te dos teus deslizes, sonhos trópicos
olhares místicos, gestos lógicos, toques pacíficos
nada púdicos, incendiários e solícitos
que te arrastam noite adentro pra junto a corpos quentes
que se entregam, se amam e se negam...

Se fazem justos ao que pregam
o desapego e amor que levam
pros cantos onde se rendem

Onde secretamente temem o tempo
e choram o desalento de amarem sempre sós.

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