São duas quinze,
a madrugada de um domingo estranho.
Eu acordei agora
mas não larguei os sonhos na cama.
Levantei ainda perdido,
descontroladamente repetindo passagens.
Peguei a minha chave, botei um short velho
e desandei pela cidade...
São dias assim que me matam,
noites como essa se repetem
e curiosamente me acho nas ruas em que eu mais me perdi.
Já é quase manhã
e eu passei pelo nosso lugar umas setenta e seis vezes.
Até secar o que eu tinha pra chorar
até não ter certeza do que eu queria encontrar.
E revivo tudo isso com algum gosto
mesmo sabendo do final, sentindo tudo que sofri.
Desejo desesperadamente sem pensar,
tudo aquilo que me matou, muito mais do que me fez sorrir.
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