quarta-feira, 21 de março de 2012

Sete

Sete horas da manhã
ainda tantas horas sem você,
sete faixas repetidas
naquele mesmo Cd...

Pra fazer correr esse tempo chato
essa semana de sol lindo,
de cinco vezes vinte e quatro horas cinzas,
cinco dias de quarenta graus frios
num só triste e depressivo ser...
que ainda não sabe viver sem você.

Amor, amante, parasita,
de olhos verdes quentes, sem mágoa,
que vive a ansiedade disposto,
vive em contagem regressiva
só pra sentir o seu gosto.

Pra querer logo, mais, sempre muito mais
e te usar sem remorso,
e te devorar sem culpa nenhuma...

Tomar todo o seu precioso tempo
passando os dias derramado na cama
sendo todo pra você e sem porém...

Devoto, entregue, amando sem depois,
desocupado e dependente,
de tudo aquilo que só se tem a dois.

É um alívio imenso ter você,
eu não aguentava mais contar as horas
e ficar pensando em te perder...
porque quando você está por perto
me sinto muito mais próximo de viver.

São sete horas da manhã,
o mesmo cristo na janela,
o mesmo sol me chama
e a tal da vida é bela...

Seria um lindo dia
mesmo que acabasse por aqui...

Seu cheiro no meu travesseiro,
me deixa feliz de um jeito que eu nunca vi.

São sete horas da manhã
e há ainda tantas horas pra te ver,
o espetáculo da inocência
é ver o seu rosto amanhecer...

E sim; esse seria um lindo dia
mesmo que acabasse por aqui.

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