segunda-feira, 5 de março de 2012

Trampolins

É noite nas almas escuras
mesmo quando o sol brilha
tem sangue nas calçadas
nos jornais
nas madrugadas

Tristeza nos sorrisos
falta paz no amanhecer
calor e frio são riscos
não são lindos, nem demodê

Mares e edifícios
são lugares próximos, distintos
mirantes, praças, bosques, pedras
e na certa em sacadas
existem trampolins perdidos por aí

É noite pra quem anda sem vida
mesmo quando brilha o sol de um novo magnífico dia

Carros ou caixões de metal
oxigênio ou essa estranha nova concepção do tal
desencanto, veneno, vôo livre sem dor
cápsulas de paz, o plano B de um feliz desertor

Há tristeza em lugares estranhos
e existe pouco do que se quer bem
fora o fato de dizerem por aí

Que eu não amo ninguém.

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