É triste o peso da banalidade,
desse povo estúpido, burro!
Clamando por liberdade
sem vontade de exercê-la de maneira inteligente
toda essa merda me revolta, me sequela, incendeia a mente...
Sinto pena dos caras pintadas
nossos pais, tios e avós
que lutaram por essa merda de geração
que só sabe repetir bordões.
Ouço gente por todos os lados
dizendo como seria melhor...
Mas não vejo ninguém do meu lado
se mexendo por um mundo melhor!
E a carapuça que me adorna, é linda, longa e traz um véu
de mentiras repetidas, ressentidas, doce mel.
Escorrendo a hipocrisia da boca dos teus reis
que há tempos já são réus nesse inferno sem leis.
Por isso eu visto o traje e lavo alma
nada, nada nessa porra aqui me tira mais a calma.
Todo dia o sol me chama, todo dia o sol me guia
nas areias to completo, vejo peitos, bundas lindas...
E quem liga se o Sarney comprou uma frota de Audi A3?
Se não sujarem minha praia eu to feliz, já sou freguês.
Não me tirem a marofa, o pó... Peguem o arrego do tráfico!
Pra que se dar ao trabalho? Não aumentem meu cigarro!
Eu quero vícios, quero as putas, pra viver anestesiado!
Achando assim, que algum dia essa porra vai mudar...
E contando com a sorte de um tiro na têmpora, se um dia eu acordar,
pra ver num estalo e entrar em pânico, vendo que a tal revolução nunca vai chegar...
Que voz e violão já não amplificam, só mistificam o sentimento
já não chegam aonde precisa só mascaram o sofrimento...
De que não há mágica nas mãos que transforme o lixo em terra prometida.
Mas ainda da pra cair dentro e matar esses filhos da puta que vivem pra sugar um pouco de cada vida.
São cento e setenta milhões
sentando sincronizados
com a mesma sentença...
De sustentar politicos safados
e suas famílias em suas férias na França.
Que com a cara mais lavada, dizem "candidatem-se pra mudar!"
Mas se um dia eu entrar nessa merda vai ser com uma bomba no peito pra detonar
o amor que eu sinto e é louco por essa pátria mãe gentil
por cada centímetro lindo do meu céu azul de aníl...
Das garotas já cantadas, desse tudo que se vê
do mundo fútil, breve, burro, das novelas da tv
onde a pátria não existe e os limites são assim
mortos mais do que a crença de que mudem meu país.
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