Quando não há quem me lembre
alguém que diga "a vida é doce".
Eu fico assim, contando segundos,
vagando domado entre os minutos,
de hora em hora pensando em me cortar...
Que é pra ver se você nota
o vermelho do meu sangue na parede
e mata essa minha sede de atenção...
Só pra ver se existem mesmo
as sete vidas que você cantou,
ver se ainda habita nos cantos
um pouco de todo aquele amor que você levou.
É inacreditável como a distância me envenena,
e me da nas pernas um cansaço
ao ver-te por engano em cenas de cinema.
Mas eu sigo batendo o pé sem nem sentir,
dando voltas em Ipanema sem sair do lugar,
olhando pra sua varanda,
rezando pra o acaso conspirar...
Que é pra ver se você nota
um perdido pelas ruas altas horas.
Que é pra ver se você entende
que se gente é pra brilhar
a gente é pra durar e ser feliz.
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