terça-feira, 6 de novembro de 2012

Pobre menina rica

Pobre de mim que sou eu e mais nada,
pobre de quem nunca fui...

Pobre de nós que nem acontecemos,
pobres seremos sem amor.

Vivendo essa falta de glória,
morrendo por nada,
sorrindo e ganhando centavos por hora.

Num tempo preto e branco
em plena era digital,
tocando os anos oitenta
no seu novo som surround.

Pobres são os sentimentos
nesse vazio século vinte e um.

Pobres aqueles que aceitam,
os que vivem pra ser mais um...

Pobre, é toda essa falta de vida.
Pobre mesmo às vezes é a menina rica.

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