Me fala dessa fineza
soletra pra mim a tristeza
de ser assim como todos querem que seja.
Debate-se entre as paredes desse mundo
esqueça as histórias que ouviu de dama e vagabundo.
Me fale dessa sexta-feira
do drama que existe nesse seu jardim cercado imperial.
Que eu te falo das areias,
que eu te faço um carnaval.
Não parece fácil entender as quatro linhas
mas às vezes é que a vida
não é bonita, não é bonita, não é bonita.
Me fale do teu chão de tábua corrida
me explica essa comida
que não é quente nem é fria...
Não se entende tudo isso
é preciso ser omisso
é preciso um pouco mais ou quase nada
a cabeça é que maltrata, que maltrata, que maltrata.
Me fale do pouco que sabe
de tudo que vai além das tuas posses
ainda que seja cedo, ainda que seja morte, seja morte, seja morte.
Me trate como uma de suas distrações,
me aplique como faz quando vaga nos corações.
Por normose, por osmose, simbiose social, paranormal,
é como bocejar... pra oxigenar.
É como amar ninguém e a todos desejar...
Feliz natal, feliz natal, feliz natal.
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