Ela é insuportavelmente sedutora
e me faz lembrar que eu preciso de uma nova calculadora,
que é pra calcular, quantas vezes eu penso em matar ela...
Ela é insuportavelmente indie,
vive o dia inteiro com suas bandinhas no fone,
e me faz pensar o quanto é cafona
o meu ringtone dos Mamonas.
Me apaixona todo dia,
quando cruza e descruza as pernas,
e vive sempre discursando,
querendo que eu ria de piadas internas.
Ela é insuportavelmente 3x4,
absolutamente preta e branca,
e vive divinamente a recitar
os poemas que eu escrevo pensando em qualquer estranha.
Ela é insuportavelmente ácida,
deliciosamente entregue e tórrida,
escrava de todo clímax,
refém da sina de ser um rótulo.
E me apaixona todo dia
num ritmo de liquidificador,
um curto circuito, um blues de cores mil
que no final só rima com amor.
Ela é insuportavelmente lúcida,
terrivelmente estranha e óbvia,
ela não quer sonhar, vive louca,
muito louca pelas bordas...
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