quinta-feira, 23 de maio de 2013

Ode a contravenção

Sinceros vivas aos doutores,
os contraventores deste país.

Um grito a honra dos malandros
que saíram aos seus e roubam aos bandos.

Porque geneticamente falando
há um desastre entre a raças daqui,
miscigenados, ladrões e safados de todas as cores...

Um brinde aos contraventores
a linhagem mais pura da pilantragem.

A face nada oculta desse barco que afunda,
a falta de luta, da puta nação que sofria,
que com a dor latente, ainda que fraca se debatia.

E agora, desmantelada, sofrida, calada,
só atenta aos passos nos corredores,
daqueles que te afogam no sangue da riqueza do teu próprio berço...

E só vê horizonte onde teus filhos acenam
e enxergam de longe que se te deixaram não foi como quiseram.

Sinceros pêsames aos amores de quem parte e deixa
ao já frio cadáver da soberania
a esperança morta na areia da praia
de cara pintada pela democracia.

Ao terror de entender que nada é pior do que uma ditadura
mas que a pura dura realidade da estreita esquerda e direita
não pertence a natura da vida...

Já que qualquer dos dois lados de uma canção desafinada
é tortura, amargura senhor, é tristeza.

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