domingo, 23 de junho de 2013

Marrentismo praiano

Sabe assim olhar em volta
e de repente se encontrar...

É só aqui nessa cidade
onde dá pra ser feliz e nem desconfiar,
ir a praia qualquer dia
e no caminho se apaixonar.

Porque o sol te chama
e te escraviza o dia inteiro,
te joga no vai e vem irresistível de ser solteiro,
numa onda, um passo rasteiro,
de quem segue tropeçando só pra ver no que vai dar.

Se esguiando por aí,
na ponta dos pés, entre os corações,
morrendo de amor, vivendo eternos verões.

De janeiro a janeiro,
sal e rio de janeiro...

É preciso agradecer
e vir ver pra crer,
viver pra crer!

Que nas areias tem meninas,
tem garotas de ipanema, tem seu tipo,
seu esquema, sua grife, mundo livre,
aqui só não tem problema.

De janeiro a janeiro,
sal e rio de janeiro...

Um eterno fevereiro,
é preciso agradecer!
E vir ver pra crer,
viver pra crer!

Que por todos os lados
tem os amigos e os chegados,
domingo tem chopp gelado e gol lá no maracanã,
e se a cadeira é numerada, eu não me rendo,
eu não me calo, ver jogo sentado só quando for setentão.

De janeiro a janeiro
sal e rio de janeiro...

É preciso agradecer!
E vir ver pra crer,
viver pra crer!

Aquele abraço pro meu Deus,
pro seu, o pai do nosso redentor,

Aquele abraço pra você
que aplaude o pôr do sol no arpoador.

É que eu nasci na gema
e o resto desse mundo
hoje não me envenena...

Que eu sou carioca, eu sou fino,
eu sou rico, eu sou pobre,
eu sou branco, preto, moreno,
mulato, marrento, eu sou nobre...

Que eu sou carioca,
eu sou sul e também sou norte,
eu sou o sol forte, eu sou o mar de Iemanjá.

É que eu sou carioca, eu sou a ginga,
a finta, a lenda...
eu sou o amor a toda prova,
o funk, o samba e a bossa nova...

Eu sou foda!

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