Ela escolheu o lado torto da vida,
quis assim pra contornar suas avenidas,
pela margem, sem medo...
Pra deixar por aí
todo o gostinho do mel que sentiu,
e que viu escorrer entre as mãos
das atitudes mais turvas
e das vantagens mais estúpidas
que se podem desejar.
E eu vou fazer o que?
Prefiro esquecer,
deixar pra dizer qualquer coisa daqui dez anos...
Quando esfriarem os ânimos,
quando estivermos calmos feito o mar no verão.
Ela escolheu o lado torto da vida,
pra esconder suas fraquezas, suas feridas,
pra deixar por aí impressões sexuais...
Vontades de uma juventude corrida
que pertence a vida de quem pensa
que tudo pode realmente acabar amanhã de manhã.
E eu? Prefiro esquecer...
Deixar pra te ver por acaso,
daqui dez anos, quando esfriarem os ânimos,
quando estivermos calmos
feito o mar nas noites de verão.
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