Gelado por dentro
é só vento que sinto em mim.
Já não faço valer, não faço ferver
o tal sangue latino.
E as vistas que antes me punham de pé,
hoje faço pouco pra não ter que levantar...
Falo de faltas, de mágoas, passado,
já dizem: moinhos que giram em águas amarguradas
não tornam a adoçar novas águas.
Roubaram de mim o meu bem mais importante,
o brilho dos olhos, a vontade de seguir adiante.
Mas quem sabe um dia,
também não passam e roubam essa dor,
essa dor de ser assim...
Gelado por dentro
é só vento que sinto em mim.
Já não faço valer, não faço ferver
o tal sangue latino.
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