terça-feira, 17 de setembro de 2013

Os dias

A noite me entrega verdades
que o dia jamais pôde me vender,
é nela que eu encontro
os desencontros que me prendem a você.

E os dias quase nunca trazem paz,
quase sempre insistem em me lembrar
que tudo está longe demais
de qualquer final feliz...

Eu não estou longe de casa,
mas a milhas e milhas de você,
e honestamente, eu não sei o que devo fazer.

Volta pras minhas areias,
pras nossas pedras lusitanas,
conta pra mim qualquer coisa engraçada,
olha pra mim, não diz nada,
não precisa dizer.

E eu peço pra noite uma benção,
mais uma daquelas estrelas cadentes
que me concedem desejos,
que me deixam viver pra te ver,
pra te ter...

Volta pros meus falsos trilhos dourados,
me diz qualquer coisa, me prometa feriados,
espere o sinal abrir, a chuva ir embora,
e quando o mundo parar de trovejar,
me esqueça...

Porque os dias quando vem,
levam a noite,
e as coisas doces que ela deixa também.

E os dias vem,
todos os dias,
eles vem.

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