terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Juras por hora

Já é dezembro
e eu não quis nada...

Das promessas que eu fiz
nem lembro mais,
e a descoberta mais valiosa
de todo esse tempo foi você...

É, você que não sei porque insiste tanto
pra que eu arrume alguma coisa pra fazer.

Acho que é porque todo esse tempo,
é tempo de menos pra você pescar
as vontades dos meus olhos.

Pra você entender que o que é real
e luzente dentro de mim,
vem diretamente do que há de mais escuro
nos porões do meu pensamento.

Vem de qualquer coisa que respire e morra,
qualquer líquido sujo que possa ser destilado
e escorra dos meus olhos.

É, eu nunca fui o rei da noite,
só que eu preciso sumir de vez em quando,
nunca fui difícil, nada foi difícil,
mas eu também nem tentei viver feliz...

Mentira, eu estraguei tudo,
mas embora o mundo esfregue isso na minha cara,
não sou bom de fachada.

É que eu preciso
de um canto escuro,
a verdade é que eu morro de medo
de qualquer futuro...

Eu não escondo,
só me recuso,
recluso...

Não me alinho na onda de comprar as verdades
que já vem fabricadas pra uso.

E todo ano é a mesma história
são promessas e juras
que nunca vou cumprir...

Que pra ser sincero,
nunca fiz,
proferi.

Só porque deixo o acaso me levar,
porque sou prisioneiro das vontades do momento
e vivo rodando em juras por minuto...

De zero a cem em duas loiras por noite
se bem me lembro agora...
e uma morena por hora,
só dependendo da cor dos olhos.

Por isso não te peço que me entenda,
só que deixe
e que também não me deixe...

Depois deixe isso pra lá.

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