domingo, 5 de janeiro de 2014

Down

Eu quase não posso mais ver
qualquer coisa que seja em cores
sem pensar em você...

E quando alguém vier me falar
que isso é tudo bobagem
que eu sou dramático
e adoro ser trágico
só pra ganhar um consolo de quem vier...

Eu vou poder dizer
que não.

Porque dessa vez
é muito verdade,
é fácil, incontestável,
está claro de se ver...

É isso que me afoga,
é o que me afasta,
é o que me joga do sétimo céu.

Os seus olhos marcaram minha alma,
queimaram, deixaram um rastro de sal,
e eu que tentei ir embora
agora me sinto tão down...

Por aí, me arrastando,
pensando em você,
resmungando com a voz terna
permanentemente encalacrada.

Eu vou perambulando na calada,
esperando uma deixa qualquer
pra deixar de viver pra você.

Pra aprender outras tantas maneiras de dizer,
infinitas maneiras de me lamentar,
de jogar tempo fora,
de rogar pelos tantos lugares
a morte dos nossos momentos.

Eu tenho vivido tão mal,
muito mal...

Eu ando por aí me esquivando,
eu ando, eu ando tão down...

Então mente, por favor,
por pena, vem me ver...
tenha piedade, divirta-se,
brinca comigo um pouquinho...

Me engana, me dê um motivo,
pra querer tudo como deve ser,
pra querer, só querer qualquer coisa...

Me salva disso tudo,
me rouba, me resgata do mundo,
e devolva os meus sonhos,
me devolva aos meus sonhos.

Que é pra eu não dormir mais,
pra eu não dormir mais.

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