terça-feira, 22 de abril de 2014

Todas as vidas

Ela é mesmo do mundo
e eu nem sou ninguém,
não ando pelo certo
nem tenho muitos bens...

Mas quando eu crescer
ela vai ver, vai ver que eu tinha um mundo
inteiro para lhe dar...
e pelo amor dos olhos,
pelos meus mares entreguistas
e as constelações daquelas costas...

Eu juro,
juro que nada vai mudar.

E se mesmo assim
ela continuar correndo mundo
eu terei outro mundo inteirinho
nos bolsos para lhe dar...

Porque quando eu crescer
ela vai ver que eu nunca menti,
que entreguei meu coração
sem sentir um pingo de medo,
sem guardar um cantinho do corpo
pra deixar os meus segredos...

Eu juro,
juro que nada mudará,
e se ela ainda for do mundo,
eu vou sair criando mundos para lhe dar...

Mil luas,
como se fosse um Deus,
pra pelas noites fugirmos do escuro,
e todos os anéis de saturno
que ainda assim seriam poucos
pra todas as vidas por onde vamos nos encontrar.

Nenhum comentário:

Postar um comentário