Tenho uma queda pelos talentos dela
e pela maneira trivialíssima
como ela me dispensa,
tenho pensado um bocado em toma-la pra mim,
em traze-la pro lado do mundo esquisito onde eu vivo.
Eu poderia repetir por noites e noites
como ela faz melhor os meus dias,
embora eu não queira viver muito dos dias,
ela é uma força transformadora
que com aqueles olhos de escuridão
toma todos os meus sentimentos,
se alimenta da minha compulsiva solidão.
E eu ainda poderia ficar aqui
listando por noites inteiras
todo bem e todo mal que ela me faz,
todo brilho que me tira,
todo amor que me traz...
Eu poderia,
eu ficaria uma eternidade.
Mas quando ela está perto demais
não consigo proferir muitas palavras,
quando ela senta no piano,
quando ela dá seus espetáculos,
me finjo mudo,
pelos olhos eu falo,
eu despejo amor sincero,
me declaro,
eu olho que faço de um tudo
pra ter ela nos meus braços...
Como se estivesse distante,
como se tudo fosse pra uma platéia
e não estivéssemos só nós dois naquela sala,
a uns dois metros um do outro.
Inacreditável, parece perfeitamente intocável,
inatingível, flutuando só ao alcance dos deuses,
num olimpo muito longe de mim,
junto das notas dóceis que faz reverberar,
junto do amor que fecha nos olhos pra tocar...
Eu poderia,
eu ficaria uma eternidade.
quinta-feira, 29 de maio de 2014
terça-feira, 27 de maio de 2014
Olhos cansados
Dos seus olhos cansados
eu não falo mais,
já deixei pra lá, já esqueci,
e tem mais...
Não quero te ver nem por engano,
e se faço planos, é pra te perder,
me perder de você.
Eu larguei de mão,
não me dobro pra te sentir,
suma com esses olhos verdes do caminho
pra não me distrair...
E se por acaso me verdes por aí,
trate de fecha-los,
cumpra seu dever, execute o castigo,
deixe muito claro que não quer nada comigo.
Porque desses faróis cansados
já não tiro mais versos,
pra cor desse raso eu não me entrego,
eu te nego, cansei de sofrer,
eu cansei de você.
Vire tuas costas de novo,
me deixe, me largue aqui,
que é daqui que eu tiro sustento,
é triste que eu vivo feliz...
E se me verdes por aí,
feche os olhos, esses olhos,
e finja que o amor acabou,
finja que eu nem existi.
eu não falo mais,
já deixei pra lá, já esqueci,
e tem mais...
Não quero te ver nem por engano,
e se faço planos, é pra te perder,
me perder de você.
Eu larguei de mão,
não me dobro pra te sentir,
suma com esses olhos verdes do caminho
pra não me distrair...
E se por acaso me verdes por aí,
trate de fecha-los,
cumpra seu dever, execute o castigo,
deixe muito claro que não quer nada comigo.
Porque desses faróis cansados
já não tiro mais versos,
pra cor desse raso eu não me entrego,
eu te nego, cansei de sofrer,
eu cansei de você.
Vire tuas costas de novo,
me deixe, me largue aqui,
que é daqui que eu tiro sustento,
é triste que eu vivo feliz...
E se me verdes por aí,
feche os olhos, esses olhos,
e finja que o amor acabou,
finja que eu nem existi.
segunda-feira, 26 de maio de 2014
domingo, 25 de maio de 2014
Eu mereço
Ela fala com os olhos
e tem cheiro de rosas,
ela briga comigo
quase toda hora...
E eu mereço,
sou mesmo tão cheio de defeitos.
Toda noite antes de dormir eu peço,
eu penso nela,
e quase sempre eu tenho medo
de que nada do que eu quero aconteça...
Porque eu pertenço ao futuro dela,
e ela pertence ao meu,
e o que a gente faz com o presente
poucas vezes eu pude explicar...
Por isso eu acho que mereço mesmo
ouvir todos os sermões,
mas que tudo fique bem tranquilo,
porque só amor sem grilo
é que funciona nos verões.
Ela fala com os olhos
e tem cheiro de rosas,
ela briga comigo
quase toda hora...
E ainda insiste que não
quando eu digo que a felicidade
anda muito fora de moda.
Ela me julga, me maltrata,
chora dizendo que eu sou muito mal comigo,
que vivo a vida largado demais,
escorado nas minhas verdades,
prisioneiro do meu atraso,
escravo das minhas misérias...
E me julga, me maltrata,
chora dizendo que eu sou muito mal com ela,
sem saber que eu vivo a vida
escorado no brilho daqueles olhos,
prisioneiro das vontades, escravo das delícias,
dos cantinhos e das metades...
Ela fala com os olhos
e tem cheiro de rosas,
ela briga comigo
quase toda hora...
E eu mereço.
e tem cheiro de rosas,
ela briga comigo
quase toda hora...
E eu mereço,
sou mesmo tão cheio de defeitos.
Toda noite antes de dormir eu peço,
eu penso nela,
e quase sempre eu tenho medo
de que nada do que eu quero aconteça...
Porque eu pertenço ao futuro dela,
e ela pertence ao meu,
e o que a gente faz com o presente
poucas vezes eu pude explicar...
Por isso eu acho que mereço mesmo
ouvir todos os sermões,
mas que tudo fique bem tranquilo,
porque só amor sem grilo
é que funciona nos verões.
Ela fala com os olhos
e tem cheiro de rosas,
ela briga comigo
quase toda hora...
E ainda insiste que não
quando eu digo que a felicidade
anda muito fora de moda.
Ela me julga, me maltrata,
chora dizendo que eu sou muito mal comigo,
que vivo a vida largado demais,
escorado nas minhas verdades,
prisioneiro do meu atraso,
escravo das minhas misérias...
E me julga, me maltrata,
chora dizendo que eu sou muito mal com ela,
sem saber que eu vivo a vida
escorado no brilho daqueles olhos,
prisioneiro das vontades, escravo das delícias,
dos cantinhos e das metades...
Ela fala com os olhos
e tem cheiro de rosas,
ela briga comigo
quase toda hora...
E eu mereço.
sexta-feira, 23 de maio de 2014
Vento leste
Um vento leste violento me gritou seu nome,
num fim de tarde solitário,
de cima do mirante, do alto da minha dor,
bem do alto, com a minha dor...
Foi uma lestada que me tirou do prumo,
me arrancou umas lágrimas,
trouxe você de novo com tudo...
E eu desci vagando, desconfiado,
fui de encontro a um desconexo lugar
que em outros tempo me foi tão querido,
eu fui de peito aberto pra reencontrar,
me machucar, aceitar não ver você ali...
Até trocar de quadra,
até dar de pés na areia,
pensar em suicídio,
assumir minha ruína em meio as ondas,
e só desistir ao sentir o frio que faz no mar,
o frio que faz pensar em não te ver nunca mais.
Foi um vento forte
e já não fazia tempo bom,
foi um dia difícil,
dolorido, foi como estar sem ar,
perambular na contra mão...
Porque é assim que eu me encontro
quando me lembro que hoje somos desencontro,
que hoje somos dois novos estranhos,
perdidos pra sempre nos cantos
dos lugares em que nos amamos...
Extraviados do brilho dos nossos olhos unidos,
hoje nós somos outros sonhos,
outros sonhos no mesmo cenário,
só que sem amor,
nos mesmos estreitos quilômetros quadrados
sempre aos pés do redentor...
Nós somos servos, submissos,
vivemos detidos pelo vento leste,
levados, arrastados,
resistindo a um amor
que não há quem conteste.
num fim de tarde solitário,
de cima do mirante, do alto da minha dor,
bem do alto, com a minha dor...
Foi uma lestada que me tirou do prumo,
me arrancou umas lágrimas,
trouxe você de novo com tudo...
E eu desci vagando, desconfiado,
fui de encontro a um desconexo lugar
que em outros tempo me foi tão querido,
eu fui de peito aberto pra reencontrar,
me machucar, aceitar não ver você ali...
Até trocar de quadra,
até dar de pés na areia,
pensar em suicídio,
assumir minha ruína em meio as ondas,
e só desistir ao sentir o frio que faz no mar,
o frio que faz pensar em não te ver nunca mais.
Foi um vento forte
e já não fazia tempo bom,
foi um dia difícil,
dolorido, foi como estar sem ar,
perambular na contra mão...
Porque é assim que eu me encontro
quando me lembro que hoje somos desencontro,
que hoje somos dois novos estranhos,
perdidos pra sempre nos cantos
dos lugares em que nos amamos...
Extraviados do brilho dos nossos olhos unidos,
hoje nós somos outros sonhos,
outros sonhos no mesmo cenário,
só que sem amor,
nos mesmos estreitos quilômetros quadrados
sempre aos pés do redentor...
Nós somos servos, submissos,
vivemos detidos pelo vento leste,
levados, arrastados,
resistindo a um amor
que não há quem conteste.
quarta-feira, 21 de maio de 2014
segunda-feira, 19 de maio de 2014
Suspenda o dia
Mãe, faz um favor,
me dá um tempo
que hoje eu não acordei pra vida,
me deixa quieto
que já levantei pronto pra me retirar,
pronto pra esquecer de tudo...
Pede a Maria Edite que respeite meu silêncio,
desligue os telefones, suspenda os afazeres,
não preciso de almoço,
desligue o fogo da panela de pressão,
quero sofrer em jejum...
Diga a velha que eu ligo quando resolver essa crise existencial,
pede a ela pra não falar de futebol, o Vasco não vai nada bem,
lembre ao velho que o sol é forte meio dia,
faça como eu faço, peça que ele corte a grama de tardinha...
Ah, e não fale nada a segunda-feira,
esse bendito e maldito dia
que encerra a procrastinação domingueira
e nos injeta outra semana nas veias...
Ah, quanto sofrimento em rebelião,
e essa insuportável ressaca de tudo,
esse suor de solidão...
Mãe, faz um favor,
peça que ninguém me escute até as oito da noite,
ando muito amargurado
e não são todos que suportam esse penar...
Pede também que ninguém discuta até a meia noite,
preciso dormir, eu preciso ir,
sumir, preciso mesmo.
Se falar com o pai,
avise que dei boa noite às sete horas da manhã,
ele entenderá que já fui
e que não tenho hora pra voltar...
Diga qualquer coisa a Luisa se ela ligar,
fale o mesmo a Gabriela,
a Carol, a Alice e a Maria Fernanda...
Diga que é febre, que é grave,
e que é possível que eu nem volte vivo do hospital,
se muito insistirem, é coisa de amor tolo, passa!
Não tenha pena, diga que eu não quero mais saber de Ipanema,
que mudei os meus sonhos para Viena e abdiquei do amor aos postos.
Aos amigos pode dizer que enlouqueci,
vai ser fácil, eles não vão discutir,
fale que fui preso, internado,
e cumpro pena muito longe daqui...
Mãe, pelos céus, quase esqueci!
Desligue a tv, melhor, a chave de energia,
graças a Deus tenho minhas máquinas
posso escrever feliz assim...
E que ninguém ouse prever o clima,
não improvisem rádios,
nem deixem que toquem os celulares,
estou cansado de toda essa conectividade,
estou pronto pra operar um sumicídio,
não é delírio, é desejo profundo,
é o escudo que tenho pros males do mundo...
Mãe, separe um guarda-chuva,
um daqueles pretos, de funeral,
separe um bocado de lágrimas,
e um sorriso condescendente...
Pois é possível que eu me vá a qualquer momento,
descobri que é de mim que as trevas tiram tanto argumento,
o amor já não me diz mais nada,
está tudo entregue, eu vou ser breve...
Se chover, se chover deixe que molhe,
entenda que é coisa de Deus,
entenda que foge de nós,
aceite e não deixe que esqueçam...
Mas agora já chega, mãe,
está finda minha lista de exigências,
não tenha pressa,
evite uma possível síncope...
E se eu dormir,
está tudo suspenso,
não se preocupe.
me dá um tempo
que hoje eu não acordei pra vida,
me deixa quieto
que já levantei pronto pra me retirar,
pronto pra esquecer de tudo...
Pede a Maria Edite que respeite meu silêncio,
desligue os telefones, suspenda os afazeres,
não preciso de almoço,
desligue o fogo da panela de pressão,
quero sofrer em jejum...
Diga a velha que eu ligo quando resolver essa crise existencial,
pede a ela pra não falar de futebol, o Vasco não vai nada bem,
lembre ao velho que o sol é forte meio dia,
faça como eu faço, peça que ele corte a grama de tardinha...
Ah, e não fale nada a segunda-feira,
esse bendito e maldito dia
que encerra a procrastinação domingueira
e nos injeta outra semana nas veias...
Ah, quanto sofrimento em rebelião,
e essa insuportável ressaca de tudo,
esse suor de solidão...
Mãe, faz um favor,
peça que ninguém me escute até as oito da noite,
ando muito amargurado
e não são todos que suportam esse penar...
Pede também que ninguém discuta até a meia noite,
preciso dormir, eu preciso ir,
sumir, preciso mesmo.
Se falar com o pai,
avise que dei boa noite às sete horas da manhã,
ele entenderá que já fui
e que não tenho hora pra voltar...
Diga qualquer coisa a Luisa se ela ligar,
fale o mesmo a Gabriela,
a Carol, a Alice e a Maria Fernanda...
Diga que é febre, que é grave,
e que é possível que eu nem volte vivo do hospital,
se muito insistirem, é coisa de amor tolo, passa!
Não tenha pena, diga que eu não quero mais saber de Ipanema,
que mudei os meus sonhos para Viena e abdiquei do amor aos postos.
Aos amigos pode dizer que enlouqueci,
vai ser fácil, eles não vão discutir,
fale que fui preso, internado,
e cumpro pena muito longe daqui...
Mãe, pelos céus, quase esqueci!
Desligue a tv, melhor, a chave de energia,
graças a Deus tenho minhas máquinas
posso escrever feliz assim...
E que ninguém ouse prever o clima,
não improvisem rádios,
nem deixem que toquem os celulares,
estou cansado de toda essa conectividade,
estou pronto pra operar um sumicídio,
não é delírio, é desejo profundo,
é o escudo que tenho pros males do mundo...
Mãe, separe um guarda-chuva,
um daqueles pretos, de funeral,
separe um bocado de lágrimas,
e um sorriso condescendente...
Pois é possível que eu me vá a qualquer momento,
descobri que é de mim que as trevas tiram tanto argumento,
o amor já não me diz mais nada,
está tudo entregue, eu vou ser breve...
Se chover, se chover deixe que molhe,
entenda que é coisa de Deus,
entenda que foge de nós,
aceite e não deixe que esqueçam...
Mas agora já chega, mãe,
está finda minha lista de exigências,
não tenha pressa,
evite uma possível síncope...
E se eu dormir,
está tudo suspenso,
não se preocupe.
domingo, 18 de maio de 2014
Por ninguém
A todos que me escutam,
todos que me ouvem...
já não vivo mais de mim.
Fazei senhor, sangrar essa incompreensão,
que dos olhos dessa louca só tiro dor,
só tiro má visão.
Fazei tocar nos rádios de todo planeta
essa minha rendição...
Fazei senhor, que tudo não endureça
mais do que a cartilha exige...
as pessoas já andam tão tristes.
Fazei da ternura a receita,
a cura para todos os impropérios.
Falai aos próximos, aos entes queridos,
amigos, familiares e conhecidos...
que nunca se abatam, que nunca acreditem no nunca,
e que não se desfaçam em lágrimas por poucas agruras.
Por amor, atenção,
somente por amor cultive as lembranças.
Mas alimente sempre a dor,
só para não esquecer, para não ser pego de surpresa,
para não adormecer ingenuamente
diante do ardil que são aqueles olhos.
E por último e não menos importante,
fazei senhor, que ela sinta minha falta,
ainda que seja um desejo mesquinho,
ainda que seja raiva...
Que ela não me tire da cabeça,
que ela esmoreça,
que ela murche e se for preciso adoeça.
A todos que me escutam,
todos que me ouvem...
já não sinto mais por ninguém.
todos que me ouvem...
já não vivo mais de mim.
Fazei senhor, sangrar essa incompreensão,
que dos olhos dessa louca só tiro dor,
só tiro má visão.
Fazei tocar nos rádios de todo planeta
essa minha rendição...
Fazei senhor, que tudo não endureça
mais do que a cartilha exige...
as pessoas já andam tão tristes.
Fazei da ternura a receita,
a cura para todos os impropérios.
Falai aos próximos, aos entes queridos,
amigos, familiares e conhecidos...
que nunca se abatam, que nunca acreditem no nunca,
e que não se desfaçam em lágrimas por poucas agruras.
Por amor, atenção,
somente por amor cultive as lembranças.
Mas alimente sempre a dor,
só para não esquecer, para não ser pego de surpresa,
para não adormecer ingenuamente
diante do ardil que são aqueles olhos.
E por último e não menos importante,
fazei senhor, que ela sinta minha falta,
ainda que seja um desejo mesquinho,
ainda que seja raiva...
Que ela não me tire da cabeça,
que ela esmoreça,
que ela murche e se for preciso adoeça.
A todos que me escutam,
todos que me ouvem...
já não sinto mais por ninguém.
sexta-feira, 16 de maio de 2014
terça-feira, 13 de maio de 2014
Os azuis
Ela tem os olhos
mais azuis do mundo,
Ela tem o mundo
todo pra ganhar...
E vive por aí
tropeçando no escuro,
me subestimando,
inventando histórias,
rindo do futuro.
Desavisada,
linda, linda...
Solta, largada
no meio desses paralelos,
nesse canto indiscreto da vida,
levando nela,
essas janelas de luzes perdidas...
Minhas luzes preferidas.
mais azuis do mundo,
Ela tem o mundo
todo pra ganhar...
E vive por aí
tropeçando no escuro,
me subestimando,
inventando histórias,
rindo do futuro.
Desavisada,
linda, linda...
Solta, largada
no meio desses paralelos,
nesse canto indiscreto da vida,
levando nela,
essas janelas de luzes perdidas...
Minhas luzes preferidas.
domingo, 11 de maio de 2014
Novo mundo
De olhos baixos, beijos,
secreta rotina,
dessa sincera retina, indefesa,
entreguista...
De olhos baixos
há medo de amar,
e o seu mais incerto olhar, é destino,
e eu ando, eu vivo por isso.
Eu vivo
porque te sinto mais perto quando vivo,
por isso vivo, te sinto.
E fico por aqui,
debaixo desses braços santos,
envolto nesse verde denso,
tropical...
A deriva nesse mar
em degradê,
flutuando nesse raso profundo...
Imerso na felicidade triste
desse mundo
que agora é só meu...
Um novo mundo nascido dos erros
como no pecado original...
Um mundo triste
que é feito inteiro
da saudade que eu sinto de você.
secreta rotina,
dessa sincera retina, indefesa,
entreguista...
De olhos baixos
há medo de amar,
e o seu mais incerto olhar, é destino,
e eu ando, eu vivo por isso.
Eu vivo
porque te sinto mais perto quando vivo,
por isso vivo, te sinto.
E fico por aqui,
debaixo desses braços santos,
envolto nesse verde denso,
tropical...
A deriva nesse mar
em degradê,
flutuando nesse raso profundo...
Imerso na felicidade triste
desse mundo
que agora é só meu...
Um novo mundo nascido dos erros
como no pecado original...
Um mundo triste
que é feito inteiro
da saudade que eu sinto de você.
quarta-feira, 7 de maio de 2014
terça-feira, 6 de maio de 2014
Nem o tempo
É tão difícil de entender
porque ainda existem dias assim,
faz tanto tempo que acabou
e você ainda renasce em mim.
Qualquer palavra,
qualquer foto,
qualquer data...
Domingos de sol com a pista fechada,
uma loira que passa sorrindo
do outro lado da calçada.
Uma noite negra,
uma night suja,
bem longe de tudo,
eu me interno nas ruas...
Fugindo de dias assim,
onde nada especial deveria acontecer.
Dias que você surge por aí
feito alma penada pra me enlouquecer.
E ainda é tão difícil tentar entender,
que nada muda,
que não há tempo que me arranque de você.
porque ainda existem dias assim,
faz tanto tempo que acabou
e você ainda renasce em mim.
Qualquer palavra,
qualquer foto,
qualquer data...
Domingos de sol com a pista fechada,
uma loira que passa sorrindo
do outro lado da calçada.
Uma noite negra,
uma night suja,
bem longe de tudo,
eu me interno nas ruas...
Fugindo de dias assim,
onde nada especial deveria acontecer.
Dias que você surge por aí
feito alma penada pra me enlouquecer.
E ainda é tão difícil tentar entender,
que nada muda,
que não há tempo que me arranque de você.
Assinar:
Postagens (Atom)