Desmascarados no baile,
atados pelo ensurdecedor
silêncio da massa,
alvejados pelo impiedoso
barulho da vaia...
Perdidos no arrastar dos ponteiros,
naqueles dois tempos
de quarenta e cinco silêncios,
jogai por nós,
que a nós só vós restais...
E agora...
agora não mais.
Sete tentos a um,
choque de realidade,
de volta a nossa pior metade,
nossa velha falta de vontade...
Viremos as latas da cidade,
pra rua mestiços, fazer o nome,
vamos coroar novos Barbosas,
chutar as pedras do caminho,
destilar o abatimento,
afogar essa consternação
pra encher de melancolia as avenidas
e levar até os subúrbios a ressaca...
Pra rua!
Vão, todos!
Rua da amargura
com travessa da desolação,
de frente ao largo da tristeza,
pra uivar a invalidez do anfitrião.
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