domingo, 10 de agosto de 2014

Mundo fictício

Me sirva dos velhos vícios
de uma outra idade,
eu não quero dormir,
faz frio na cidade
o Rio parece distante daqui...

É que nessa terra do nunca
quando o tempo parece sério
assim, ranzinza,
quando o cristo some dos olhos
e o céu é todo tão cinza...

Tudo parece irreal,
você na cama dormindo,
tudo parece assim,
tão sem sentido...

Que eu me sinto como num sonho
daqueles que a gente sabe que sonha,
e faz o que quiser,
faz da vida o que bem entende...

Mas fique a vontade,
me acorde com suas verdades
me mostre a realidade, amor,
só mais um pouco...

Me afogue em você,
que nessa overdose eu me viro,
só anote os meus delírios
que quando eu voltar
a gente escreve um livro...

Porque tudo parece irreal,
um mundo fictício,
tudo parece mais lento...
eu não me sinto mais na faixa errada,
é como se tivessem acertado o tempo.

Chove e faz frio,
seus olhos fechados nublam o rio,
seu corpo no quarto sombrio,
um arrepio, outro quarto, um fino
e não há vazio que não se encha de amor.

É que nessa terra do nunca
quando tudo parece perdido,
você sabe, eu me viro...

Eu me lembro
que não preciso crescer,
eu me lembro
que sempre vou ter você.

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