segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

De morrer

O amor me chamou
e eu fui,
nunca quis desaguar,
só que eu sou de sofrer...

E entendo que há sempre um tempo ruim,
só não sou de matar,
sempre fui de morrer...

Me jogar por aí.

Testando minhas asas de anjo caído,
com os pulsos cortados
me esvaindo em sangue.

Porque quando o amor me chamou
eu fui,
mas não ia voltar sozinho...

E entendo que há sempre um tempo ruim,
só não sou de matar,
sempre fui de morrer...

Me entregar por aí.

Aos anjos e demônios,
aos bichos dos sete palmos do chão,
só não me permito ser desamor,
eu nego a todos esse poder...

Por isso entrego minha alma em rebelião,
eu sou meu,
só meu...

Somente mais um louco em negação,
sou meu,
somente meu,
lunático, narciso,
mais um que num mergulho foi ao chão.

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