Ela morre de medo de mim,
penso que tem medo do que eu digo,
ela morre de medo de amar,
e eu só sei falar que amo.
Talvez se eu fosse como o mar
e a tratasse como areia,
talvez se eu fosse como o vento,
e a dobrasse como as palmeiras.
Eu teria como evitar,
teria um jeito de insistir,
eu poderia enfim, enganar.
mas ela não entenderia,
não saberia como me amar.
Prefere estar distante,
nas suas vestes escarlates,
prefere estar bem longe,
flutuando em qualquer outro lugar,
pisando em corações,
abstraindo dilemas,
ignorando um mundo todo
descumprindo qualquer das sentenças.
Ela é do sol, é linda,
e vive um complexo de Ícaro,
eu me sinto vivo e lindo,
encaro meu reflexo feito Narciso.
Talvez se eu fosse como a chuva
e a tratasse como qualquer chão,
talvez se eu não fosse uma criança
e ela o barulho de um trovão.
Eu teria como evitar,
teria um jeito de mentir,
eu poderia enfim amar,
e ela entenderia...
ela me amaria como sempre quis.
Talvez se eu fosse como o mar,
talvez se eu fosse como a chuva,
talvez se eu fosse como o vento,
talvez se eu fosse um pouco mais intenso...
Eu teria como evitar,
teria um jeito de mentir,
eu poderia enfim amar,
e ela entenderia.
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