terça-feira, 18 de agosto de 2015

Vão passando

No outono dessa cidade
rasga o vento frio a minha cara.

E as noites, que são tão parvas,
estão repletas da tua falta,
me faltam palavras,
me faltam os dias...

As horas passaram tão rápido,
e os meses voaram por mim,
eu não senti...

Já é quase fim de ano uma outra vez,
já é quase um outro ano sem te ver.

Se bem que esbarrei com você outro dia,
eu fingi que nem vi,
eu quase me escondi,
vivo muito abatido,
estou branco, magro demais.

Ah, e as horas passaram tão rápido
desde que você não voltou quando saiu,
e os dias, os meses, os anos se rebelaram,
passaram correndo, todos através de mim.

Tão rápidos, tão súbitos,
que agora já não sei de nada,
não lembro nem o que faço da vida aqui.

Eu ando entregue aos ventos frios,
e aos lugares onde já fui feliz,
porque no outono dessa cidade
me parece tão difícil não lembrar de você.

E as horas vão passando,
tudo continua passando,
os dias, os meses, os anos.

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