Pelas noites deste povoado,
deste lado azulado do Rio,
eu sinto mundos,
sinto muito, muito mesmo,
tanta coisa que não sei dizer.
Esquento o sangue,
tiro o pó da estante,
limpo os olhos,
os óculos.
Ah, como eu sinto,
e sinto tanto,
sinto tudo,
sei de tudo e quase nada.
Vivo mundos esparsos,
lados da moeda que nunca se viram,
me viro, me corto,
me desfaço, desperto,
eu sinto muito,
eu sinto mundos,
mundos que não sei contar,
me faltariam números,
me faltariam dores pra nomear...
Então eu sinto muito,
e quando o muito me falta,
eu sinto mundos,
mundos e mundos de dor.
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