O ano todo pela margem
querendo tropeçar em outros corpos pra esquecer...
Escondendo de mim mesmo
as trilhas que eu fazia com você
e as que eu fazia pra você.
As vezes é difícil realizar
que a culpa é minha, que eu deixei correr demais
e nada restou daquele horizonte alto que foi nosso...
De repente é dezembro
e já fazem dois verões que eu não vejo a sua cor
seu rastro, seus olhos
tanto tempo que eu não sinto o seu calor.
De repente é dezembro
e eu já nem sei contar, quanto tempo faz...
Rodeando sempre os mesmos lugares
esperando o acaso pra juntar nossos olhares
correndo pela areia, suando sentimentos
pra ter a leve sensação de que sou eu, de que chegou o fim da sina
de que ainda posso ser por mim, mesmo que isso seja só a endorfina...
De repente é dezembro
e as ruas falam por você
lugares escuros brilham como os olhos teus
e são o abate da minha intrépida imagem
tão brava quanto o Cão Coragem.
De repente é dezembro
e eu já nem sei contar, as lágrimas...
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