quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Riso rasgado

É com muito gosto 
que hoje eu espero um outro amor afoito,
um amor fugido, daquele guardado em alma,
como fosse revivido, 
mas sempre em outros corpos e corações...

É meio perdido, hoje,
que eu ando achado,
achando assim que solto,
tudo posso, e tudo pode fazer mais sentido,
tudo pode ser de novo, como foi, 
mas com outro fim...

Como fosse reescrito ás pressas
pelas minhas mãos,
que assim poderiam viver à vera,
o tal final feliz.

E é com muito gosto que hoje a rua me diz
sem vergonha alguma,
que valeu a pena, valeu ter fim,
valeu viver tudo errado, ou certo, como se quis.

E enfim...

O meu riso rasgado pelo corte seco e salgado
das lágrimas afiadas dos seus sonhos mais abandonados,
pôde descansar em paz, pôde ser de novo meu, 
pôde não sorrir culpado e triste.

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