As luzes violetas dos caretas da Lagoa,
os reflexos de mar e céu...
As luzes, as clareiras,
e as mesas muito estreitas para todo amor que há...
Toda essa gente errante e cristã,
toda essa falta, essa vontade sufocante do amanhã...
E hoje, por qualquer flor que for,
faço do descaso, do ouro de tolo,
o mais nobre sentimento.
Mas nada mais que carrego é puro, nunca é o bastante,
e é por isso que não me cabem mais lamentos
se os meus tentos todos são em vão,
e já não fazem jus ao que quero dizer
já não me levam a lugar algum...
E hoje, por qualquer flor que for,
não me deixo levar,
mantenho submersas as vontades, as fraquezas.
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