quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Descarte

Me descarte morto desse baralho tolo de tarô.
Jogue búzios e me veja longe.
Vá a um bruxo que te desiluda...

Por que eu só quero ouvir; Adeus!
E não me entenda mal...
Mas hoje eu só quero te ver pelas costas
indo de retro até não dar mais
até que o acaso se canse de nós.

Eu só quero uma distância segura
que me inspire o esquecimento
e que você fique longe dos meus sonhos
suma da minha vida, abandone de vez os sentimentos.

Vá à praia e se perca de mim.
Não me espere, eu vou comprar cigarros.
Te ligo amanhã... Te ligo amanhã...

Não me use mais...
vai; me deixa ser triste em paz.
Em parte, remoendo esse abandono cruel
sentindo falta do chão branco e o teto azul
do céu que todos os lugares se transformavam com você.

Mas cansei de não me cansar
de botar e esquecer a culpa em tantos lugares
de proclamar a divindade nesse corpo
que provou que há mais coisas a se procurar.

Cansei e fim.
Sem um ai, nem porém
já foi, já vou, até nunca mais.

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