Ela de novo, loura e gelada
em suas novas trinta e poucas aparições
contando as suas aventuras
mais linda do que nunca, me pôs no chão
na lona de novo, bem como gosta...
Ignorando a minha existência
pondo em cheque as aparências
com aqueles pares perfeitos, as marcas
e o vermelho da roupa, o sorriso de louca...
O cenário que a noite enfim revelou...
não poderia ser outro, era a cena de um crime!
O assassinato cruel e desnecessário
de uma parte de mim que já tinha esquecido
que já tinha deixado quase tudo pra trás.
Em pensar que há pouco, decretei pela centésima vez
num dos meus escritos, o fim de tudo aquilo...
Me descrevi forte e num disparate sem tamanho... Te desejei longe!
Te desenhei diferente do que eu tinha em mente.
E esse foi o abate, agora sim, do meu resto de sanidade!
Jamais poderia ter feito isso.
Barbárie... Burro!
Quantas vezes vou ter que aprender assim
não importa o tempo, a data, o dia, o céu, o lugar, a distância
você é meu caso, a minha loura maluca
que me mata todo dia de saudade, de agonia
envelheço por tua falta, anoiteço e nunca tardo
se amanheço já nem lembro...
É; e pra isso de novo, você veio!
Tornou ridículo, tudo e mais um pouco
ironizou e fez ainda mais difícil
meu discurso pronto e inútil de adeus.
Mais linda do que nunca, de novo...
Jogou no lixo cada palavra, ponto, e vírgula de negação.
Jogou na mesa as cartas e no chão as minhas lágrimas pela centésima vez.
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