Hoje eu sonhei com você
e tudo era tão real que parecia mentira.
O mundo não era essa tragicomédia,
esse combinado de descombinos,
esse atar dolorido, esse conto sofrido,
esse repetido desamor que é o frio dos desatinos.
E eu acordei feliz...
Querendo seu corpo, seu vinho, seus vícios,
querendo suas partes nos meus olhos tristes,
seu corpo hermético ensaiando revide,
seu nariz em riste, e vide, veja bem...
Veja só... que dó!
Tem dó de mim,
tem dó que só assim...
Me chego nos seus passos,
me largo sem vergonha nos teus sonhos rasos.
Só assim esqueço das máscaras
pra me aventurar na sua parte,
pra deslizar na tua quadra com esse meu porte covarde.
Largado e salgado de mar,
de corpo inteiro na tua rua,
mas com a cabeça nas tuas curvas...
Pensando se minha covardia tem fiança,
se ainda tenho pra mim suas ancas,
as covas e constelações...
Sabotando a mania de curto prazo,
querendo de novo uma migalha que fosse
daquele amor desmedido de juntar os trapos...
Pensando no bem que me fazia
o seu fino trato.
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