quarta-feira, 3 de julho de 2013

Quinze dias

Hoje a repetida noite
me trouxe uma sensação nova,
e já fazia tempo
que eu andava descrente de encontrar.

Tem uns bons quinze dias
que eu não falo de você,
e sinto falta de qualquer dor
só pra por o amor em dia.

Anda me faltando aquela vontade
de me jogar da janela do seu andar...
Ainda acho o elevador tão sem graça.

Aliás, hoje eu descobri andando na lagoa
que vão derrubar aquele prédio da nossa quadra,
aquele quase na epitácio...

E eu lembro muito bem de dizer que era alí,
de dizer que a gente ia... ah, é melhor deixar pra lá.

Menina, cê me perdoa?

Mas é que eu me peguei ouvindo umas músicas,
usando umas coisas... e de repente já eram dez pras três.

Eu nem me liguei, só que já tinha tanto tempo
que eu não prestava atenção no Cazuza.

Que loucura, imagina a fissura,
a cara de tacho, a falta de norte...

Que sorte!

De repente eu já estava alto,
muito alto pra acertar o seu telefone,
e ainda meio baixo pra cair no choro, no sono...
Uma linha tênue difícil de se equilibrar.

Hoje a noite ia bem,
e faziam uns bons quinze dias...

Mas agora já posso parar de contar.

Nenhum comentário:

Postar um comentário