quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Jotabê (Jardim Botânico)

Ela é do jotabê
e nem quem vê
consegue crer
que alguém pise tão leve assim...

Flutua entre as faixas
dos discos do papai,
e sabe bem, que quem sonha não dança!

De segunda a segunda,
ela é só esperança
e foge da inércia pela ciclovia
pra virar poesia.

E tem mais...

Ela curte, arranha uma viola,
e tem um sentimento bom que me desarma qualquer hora,

Ela é cool, se amarra em Jethro Tull,
e tem uns olhos castanhos que me deixam full of love...

Ela é minha Gal mesmo sem duna nas areias
e quando cisma caetaneia,
adoça minha vida sem suíta,
amansa meu viver, ela é minha índia,
é a sereia do meu lado da lagoa...

É tão linda,
tão linda quando sobe o humaitá
me doutrinando cheia de certeza e delícia
naqueles olhos raros...
Que nem na casa do mago
existe algo tão certo pra me enfeitiçar.

Ela me hipnotiza de pés nos pedais,
com essa dança de coxas,
esse viver meio aéreo, radiante,
um corpo celeste de alma etérea,
absolutamente hermética, poética...

Flutua pelas ruas
ligada no cheiro do mar,
sem muito se preocupar.

Segue com seu desembaraço
num balanço saturnal...

Segue desmedida
em direção ao inevitável encontro
com os desencontros da vida.

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