quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Termine pra mim

Onde será que ela anda,
onde tem deixado aqueles passos?
Se no mundo parecia faltar espaço,
não acredito que não a tenho mais em minhas vistas...

Onde será que ela anda,
onde desfila aquele bronzeado?
Se por mim viveria mil anos,
não acredito que tenha nos deixado de fato...

Onde será que ela anda,
onde tem cantado caju?
Se pra mim isso ainda é um grande nó na garganta,
não acredito que ela tenha esquecido isso aqui pela sul.

Onde será que ela anda,
onde tem feito amor?
Se em minha cama ela faz tanta falta,
não acredito que não sinta nenhuma ponta de dor.

Onde será que ela anda,
onde tem falado que o mundo acabou?
Se pra mim parecia pura falcatrua
dizem que agora ela atua
com um texto de quem vive louca de amor.

Onde será que ela anda,
onde será que alguém ama ela mais do que eu?
Se pra mim isso tudo é uma faca no peito,
não acredito que os meus pulsos ficaram inteiros.

Não sei onde ela anda,
também não sei o que ela quer de mim,
mas se quiser, é bom que ela saiba
que eu sou dela e que sem ela,
sou eu que não sei pra onde vou.

Eu não sei onde ela anda
e nem desconfio o que ela faz com os meus refrões,
mas é bom que ela saiba, que o mundo pode ser uma farsa,
que esse mundo que acabou, é cheio de ilusões...

E se o tempo passar,
bem como deve, como vai...

Também é bom que ela saiba que tudo passa,
mas que eu ainda vou estar lá,
no dia certo, de cinco as sete,
independente do pileque
e de tudo naquele lugar que me entristece...

Me procure, me resuma como um qualquer,
ainda que seja cruel, enfim...

Apareça e me ajude,
termine isso tudo pra mim.

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