Todas as verdades do mundo já não bastam,
to precisando das suas mentiras,
eu to querendo um pouco dos seus olhos,
de tudo que eles não me dizem mais...
Eu senti cheiro de sábado e era quarta feira,
achei que a vida era linda mas era segunda-feira.
E o sol...
O sol é seu cúmplice, junto da primavera,
que só vem pra me confundir nas areias,
como nas cenas das novelas no leblon.
E todas as verdades, essas, já não fazem sentir,
não fazem valer grande coisa.
Eu preciso mesmo é das suas mentiras,
daquelas coisas choradas sem razão...
Do drama pela Chaika,
do luto as casas derrubadas da semana,
da birra e das suas manias de menina mimada.
E o sol...
O sol é sempre seu cúmplice,
me traz você sem razão, como a luz,
o tempo todo, com som e imagem, num replay...
Destravando seus discursos,
anunciando a morte da nossa originalidade,
a morte da saudade,
nesse mundo que não dorme e vive online...
Rodeado dessas tecnologias arrasadoras,
destruindo as lonjuras,
desconstruindo linguagens,
roubando o sofrimento com um descaso frio,
sem nenhuma cerimônia.
E o sol...
O sol sempre esteve lá,
cúmplice de todos nós.
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