Vivo afeito a rapinagem, com os meus olhos de fingido,
eu me faço e refaço de acordo com os corações,
e elas tanto gostam disso,
que eu me viro em sentimentos,
eu repouso junto aos corpos dos mil medos que enterrei.
E não há nada melhor do que permanecer desse lado,
vendo o mundo girar sem me ver,
sendo um suspiro de muitos desejos,
sendo o que o âmago delas quer ter.
Vivo afeito a rapinagem, tão canalha quanto posso,
eu me viro e me acho nas mesas mais imodestas desta cidade,
eu me faço e refaço entre o amor de todas elas,
eu me espalho quando posso, me deleito em convulsões,
sofro demais, eu vivo faltas celestes, não me livro dessas quimeras,
eu desmaio e descubro novos mundos todo dia...
Sempre antes de amanhecer,
sempre antes da matinada chegar,
sempre antes do sol nascer...
é que eu me escondo melhor no escuro,
vivo melhor, amo melhor,
sempre antes de amanhecer,
sempre antes da matinada chegar,
sempre antes do sol nascer...
domingo, 24 de julho de 2016
Parar de bater
Mesmo no Rio a minha vida
anda cada vez mais São Paulo sem você,
e essa realidade dura,
me puxa pelas canelas,
me consome da cabeça aos pés...
Tô falando de nós dois, não minto,
eu to pensando em você,
enquanto vou sumindo,
apagando por aí,
junto de todo sinal do que um dia fui.
Mas hoje te tenho olhando o sol,
o azul do céu,
te enxergo claramente à noite,
com a lua,
eu falo de você em todos os assuntos,
não escondo, eu quase não finjo mais.
Às vezes as pedras da cidade me lembram da gente,
à toa, as telas de pôr do sol,
o asfalto molhado de qualquer noite,
os reflexos do amanhecer nas janelas,
às luzes dos postes na madrugada,
a falta tremenda que seus olhos me fazem.
Ah, eu tô cansado disso,
to cansado desse cinza todo,
dessa nuvem negra sob minha cabeça,
dessa aura de infelicidade,
dessa conspiração internacional,
desse mal que você me faz assim estando tão longe,
do mal que faço a mim mesmo,
desse amar e morrer constante,
desse caminhar de quem não vive.
anda cada vez mais São Paulo sem você,
e essa realidade dura,
me puxa pelas canelas,
me consome da cabeça aos pés...
Tô falando de nós dois, não minto,
eu to pensando em você,
enquanto vou sumindo,
apagando por aí,
junto de todo sinal do que um dia fui.
Mas hoje te tenho olhando o sol,
o azul do céu,
te enxergo claramente à noite,
com a lua,
eu falo de você em todos os assuntos,
não escondo, eu quase não finjo mais.
Às vezes as pedras da cidade me lembram da gente,
à toa, as telas de pôr do sol,
o asfalto molhado de qualquer noite,
os reflexos do amanhecer nas janelas,
às luzes dos postes na madrugada,
a falta tremenda que seus olhos me fazem.
Ah, eu tô cansado disso,
to cansado desse cinza todo,
dessa nuvem negra sob minha cabeça,
dessa aura de infelicidade,
dessa conspiração internacional,
desse mal que você me faz assim estando tão longe,
do mal que faço a mim mesmo,
desse amar e morrer constante,
desse caminhar de quem não vive.
terça-feira, 19 de julho de 2016
Donos do mundo
O mundo me encharca de tudo,
sinto falta da secura,
falta das faltas,
das inevitabilidades,
das complicações,
da desinformação...
Estamos cada vez mais donos do mundo,
muitos donos do mundo, o mesmo, um só;
enquanto esquecemos que somos universos,
somos imensos dentro da nossa pequeneza,
do nosso desassossego,
nosso brilho e nossa pureza.
O mundo me encharca de tudo,
e eu sinto falta da secura, do alheamento,
da tranquilidade de ficar a deriva depois da arrebentação,
de andar sentindo tudo,
e sorrir desavergonhado,
de ser taxado de maluco,
seguir caminho inexplicável.
Nós estamos cada vez mais donos do mundo,
muitos donos do mundo, o mesmo, um só;
e aí esquecemos de nós, das cores,
dos pés descalços na grama ou no asfalto,
do dia lindo que, sim, pode ser segunda feira,
da noite quente de um dezembro há muito tempo,
da lua amarelada, do vento leste,
das constelações nas costas das ex-namoradas,
das meninas ainda amadas, do mais puro gesto,
o abraço amigo, o olhar mais terno,
do amor... nós estamos cada vez mais donos do mundo,
cada vez mais distantes de nós.
sinto falta da secura,
falta das faltas,
das inevitabilidades,
das complicações,
da desinformação...
Estamos cada vez mais donos do mundo,
muitos donos do mundo, o mesmo, um só;
enquanto esquecemos que somos universos,
somos imensos dentro da nossa pequeneza,
do nosso desassossego,
nosso brilho e nossa pureza.
O mundo me encharca de tudo,
e eu sinto falta da secura, do alheamento,
da tranquilidade de ficar a deriva depois da arrebentação,
de andar sentindo tudo,
e sorrir desavergonhado,
de ser taxado de maluco,
seguir caminho inexplicável.
Nós estamos cada vez mais donos do mundo,
muitos donos do mundo, o mesmo, um só;
e aí esquecemos de nós, das cores,
dos pés descalços na grama ou no asfalto,
do dia lindo que, sim, pode ser segunda feira,
da noite quente de um dezembro há muito tempo,
da lua amarelada, do vento leste,
das constelações nas costas das ex-namoradas,
das meninas ainda amadas, do mais puro gesto,
o abraço amigo, o olhar mais terno,
do amor... nós estamos cada vez mais donos do mundo,
cada vez mais distantes de nós.
segunda-feira, 18 de julho de 2016
Homem morto
Já não bebo mais pra ela,
não sinto que preciso,
não me derramo pelo amor desamado,
estou vivo e meu coração curado.
Eu ando pensando noutras coisas,
e antes só pensava nela,
ando respirando por outras,
me desgarrando,
enchendo meus olhos de outras telas.
Há sempre um pôr do sol mais adiante,
um novo lado pra se conhecer,
um sentimento diferente a espreita em outros corpos,
um jeito novo de se ver.
E eu ando assim,
ainda que de olhos cansados,
ando procurando novos cantos,
novos lados do mundo,
outros ângulos de velhos planos de fundo.
Já não bebo por ninguém,
só por mim, não me derramo por amor nenhum,
sofro quando quero,
me entrego pra romantizar qualquer coisa,
transformar em verdade os meus delírios mais lindos e sinceros.
É, eu ando assim,
meio demente, meio avoado,
mal de saúde, mas muito descansado,
permaneço impassível aos olhares dos outros,
continuo eu mesmo, sobrevivo com meus passos leves,
e minha alma de homem vivo e ao mesmo tempo morto.
não sinto que preciso,
não me derramo pelo amor desamado,
estou vivo e meu coração curado.
Eu ando pensando noutras coisas,
e antes só pensava nela,
ando respirando por outras,
me desgarrando,
enchendo meus olhos de outras telas.
Há sempre um pôr do sol mais adiante,
um novo lado pra se conhecer,
um sentimento diferente a espreita em outros corpos,
um jeito novo de se ver.
E eu ando assim,
ainda que de olhos cansados,
ando procurando novos cantos,
novos lados do mundo,
outros ângulos de velhos planos de fundo.
Já não bebo por ninguém,
só por mim, não me derramo por amor nenhum,
sofro quando quero,
me entrego pra romantizar qualquer coisa,
transformar em verdade os meus delírios mais lindos e sinceros.
É, eu ando assim,
meio demente, meio avoado,
mal de saúde, mas muito descansado,
permaneço impassível aos olhares dos outros,
continuo eu mesmo, sobrevivo com meus passos leves,
e minha alma de homem vivo e ao mesmo tempo morto.
A revelia
Hoje o dia amanheceu cinza,
igual aos outros dias da minha vida sem você,
o mar está enorme, a chuva fria e fina,
e a minha saudade aperta cada vez mais.
Passo pelas pessoas na rua e tudo parece irreal,
o Rio visto tão cinza é uma armadilha pro meu astral,
e ipanema é triste sem você,
mil garotas poderiam passar pra eu ver,
que eu não conseguiria ensaiar nenhuma canção,
eu não teria forças pra escrever um verso sequer.
E quem me olha assim, por aí,
logo pensa que é porque alguém morreu,
enquanto quem me conhece,
sabe que quem tá morrendo sou eu.
E eu vivo assim,
a revelia da vontade do meu corpo,
eu vivo, sim,
mas ando distante de tudo que um dia fui.
Passo pálido, semi-morto pelas ruas escuras,
vago procurando qualquer certeza;
é que há tempos eu escondi meu amor pela cidade
pra poder corar quando fosse preciso,
e agora busco tudo pra ter de volta alguma verdade no peito,
pra continuar aqui, esperando você,
aqui, esperando você voltar pra ver.
igual aos outros dias da minha vida sem você,
o mar está enorme, a chuva fria e fina,
e a minha saudade aperta cada vez mais.
Passo pelas pessoas na rua e tudo parece irreal,
o Rio visto tão cinza é uma armadilha pro meu astral,
e ipanema é triste sem você,
mil garotas poderiam passar pra eu ver,
que eu não conseguiria ensaiar nenhuma canção,
eu não teria forças pra escrever um verso sequer.
E quem me olha assim, por aí,
logo pensa que é porque alguém morreu,
enquanto quem me conhece,
sabe que quem tá morrendo sou eu.
E eu vivo assim,
a revelia da vontade do meu corpo,
eu vivo, sim,
mas ando distante de tudo que um dia fui.
Passo pálido, semi-morto pelas ruas escuras,
vago procurando qualquer certeza;
é que há tempos eu escondi meu amor pela cidade
pra poder corar quando fosse preciso,
e agora busco tudo pra ter de volta alguma verdade no peito,
pra continuar aqui, esperando você,
aqui, esperando você voltar pra ver.
Sabe demais de mim
Veja bem, olha só,
eu não posso deixar tudo assim,
você sabe demais de mim
pra querer me esquecer tão de repente.
Meu amor, tenha em mente,
aquele futuro só a gente,
pensa em nós dois,
não deixe que apaguem as nossas delícias,
as nossas verdades sobre tudo.
Veja bem, vê pequena,
não faz assim, por favor,
eu não mereço esse final,
é de recomeço que eu preciso,
e de você comigo.
Quero o mundo colorido de nós dois,
e o cheiro de ipanema na varanda,
quero a lua nas tuas costas,
quero suas covas expostas,
quero o sol cobrindo o mundo,
ver o Rio amanhecer,
quero mais, muito mais de você.
Veja bem, olha só,
não me julgue,
mas te fiz essa canção assim tão sem querer,
eu não devia,
eu não queria que fosse tão de repente,
vê só, o Rio é frio sem a gente,
pensa bem, não faz assim, não me esquece.
eu não posso deixar tudo assim,
você sabe demais de mim
pra querer me esquecer tão de repente.
Meu amor, tenha em mente,
aquele futuro só a gente,
pensa em nós dois,
não deixe que apaguem as nossas delícias,
as nossas verdades sobre tudo.
Veja bem, vê pequena,
não faz assim, por favor,
eu não mereço esse final,
é de recomeço que eu preciso,
e de você comigo.
Quero o mundo colorido de nós dois,
e o cheiro de ipanema na varanda,
quero a lua nas tuas costas,
quero suas covas expostas,
quero o sol cobrindo o mundo,
ver o Rio amanhecer,
quero mais, muito mais de você.
Veja bem, olha só,
não me julgue,
mas te fiz essa canção assim tão sem querer,
eu não devia,
eu não queria que fosse tão de repente,
vê só, o Rio é frio sem a gente,
pensa bem, não faz assim, não me esquece.
Pura vida
Ela é como o verão pra minha alma,
traz ternura inexplicável,
faz sentimento bom brotar como água da fonte,
é mina de amor,
ser especial, tem luz própria.
É fogo na terra, luz dos olhos,
ela é a própria devoção,
emite simpatia sideral.
Ela é dia santo, feriado,
é a escola na avenida,
trilha iluminada, paixão,
ela é pura como a síntese da vida.
Menina dos meus olhos, sim,
menina dos olhos mais lindos,
felicidade posta a prova,
prova da bondade dos deuses,
alma fresca, dona do mais sincero encantamento,
e do meu... coração.
traz ternura inexplicável,
faz sentimento bom brotar como água da fonte,
é mina de amor,
ser especial, tem luz própria.
É fogo na terra, luz dos olhos,
ela é a própria devoção,
emite simpatia sideral.
Ela é dia santo, feriado,
é a escola na avenida,
trilha iluminada, paixão,
ela é pura como a síntese da vida.
Menina dos meus olhos, sim,
menina dos olhos mais lindos,
felicidade posta a prova,
prova da bondade dos deuses,
alma fresca, dona do mais sincero encantamento,
e do meu... coração.
quinta-feira, 14 de julho de 2016
Alucinações
Pelas noites da cidade eu alucino,
invento e vejo todas as pessoas que eu perco
enquanto passo os dias dormindo,
é que eu preciso dessa paz,
preciso do mundo escuro e frio como eu conheço,
do mundo a imagem e semelhança do meu perfeito aconchego.
Sombria, calma, mortal e acolhedora,
a noite acena amigavelmente para os meus passos,
os meus caminhos, minhas decisões,
ando mais perdido do que nunca,
penso que só nela encontro qualquer norte,
qualquer pessoa que me sirva um copo d'água envenenada numa bandeja de prata,
em qualquer esquina, em qualquer das quadras da cidade,
eu busco um acerto, uma cilada,
busco um amor que me mate, uma decepção que me envelheça,
um sofrimento que me corte, uma felicidade que jorre,
um sentimento bom, uma dor que não caiba no coração.
Pelas noites da cidade eu alucino,
invento e enxergo um pouco de todas as pessoas que eu perco
enquanto passo os dias dormindo,
um pouco de todos aqueles mortos vivos,
um pouco da alma de todos os que me parecem tão sofridos;
é, eu preciso mesmo desse mundo escuro e frio,
preciso desse mundo a imagem e semelhança
do que eu carrego no meu peito vazio.
Caminho, sigo porque ainda procuro qualquer coisa,
qualquer sinal de minha vida,
qualquer pouquinho de pureza que esteja escondida por aí,
pra eu pegar pra mim,
pra eu guardar comigo e ter qualquer coisa pra sentir.
Um terço bom de uma tristeza que sufocou,
uma parte inteira de uma paixão homicida,
uma lasquinha de rancor que deu em guerra,
um bom pedaço de um grande amor que suicidou-se.
Eu quero, procuro pra pegar pra mim,
espero que respondam meu anúncio no jornal,
eu quero um bom pedaço de qualquer coisa,
de qualquer beleza ou desgraça,
pago bem, e quero agora,
antes que seja chegada a hora,
pago bem, e pode ser tristeza ou nostalgia,
mas tem que ser pra agora,
porque eu já não tenho mais saúde pra viver o dia.
invento e vejo todas as pessoas que eu perco
enquanto passo os dias dormindo,
é que eu preciso dessa paz,
preciso do mundo escuro e frio como eu conheço,
do mundo a imagem e semelhança do meu perfeito aconchego.
Sombria, calma, mortal e acolhedora,
a noite acena amigavelmente para os meus passos,
os meus caminhos, minhas decisões,
ando mais perdido do que nunca,
penso que só nela encontro qualquer norte,
qualquer pessoa que me sirva um copo d'água envenenada numa bandeja de prata,
em qualquer esquina, em qualquer das quadras da cidade,
eu busco um acerto, uma cilada,
busco um amor que me mate, uma decepção que me envelheça,
um sofrimento que me corte, uma felicidade que jorre,
um sentimento bom, uma dor que não caiba no coração.
Pelas noites da cidade eu alucino,
invento e enxergo um pouco de todas as pessoas que eu perco
enquanto passo os dias dormindo,
um pouco de todos aqueles mortos vivos,
um pouco da alma de todos os que me parecem tão sofridos;
é, eu preciso mesmo desse mundo escuro e frio,
preciso desse mundo a imagem e semelhança
do que eu carrego no meu peito vazio.
Caminho, sigo porque ainda procuro qualquer coisa,
qualquer sinal de minha vida,
qualquer pouquinho de pureza que esteja escondida por aí,
pra eu pegar pra mim,
pra eu guardar comigo e ter qualquer coisa pra sentir.
Um terço bom de uma tristeza que sufocou,
uma parte inteira de uma paixão homicida,
uma lasquinha de rancor que deu em guerra,
um bom pedaço de um grande amor que suicidou-se.
Eu quero, procuro pra pegar pra mim,
espero que respondam meu anúncio no jornal,
eu quero um bom pedaço de qualquer coisa,
de qualquer beleza ou desgraça,
pago bem, e quero agora,
antes que seja chegada a hora,
pago bem, e pode ser tristeza ou nostalgia,
mas tem que ser pra agora,
porque eu já não tenho mais saúde pra viver o dia.
terça-feira, 5 de julho de 2016
O Rio
Eu não pertenço ao mundo,
eu pertenço ao Rio,
e ao frio que faz
quando faz vinte graus...
Pertenço ao endereço abençoado
dessas areias escaldantes,
dessa savana tupi-guarani,
com suas loiras movediças
e suas morenas com olhos de armadilha.
É que eu me sinto tão bem entre essas estacas
que só posso pedir que me esqueçam,
que me deixem viver entre os postos,
porque só aqui estou sempre
à postos de verdade para ser feliz...
E ainda que me tornasse escravo,
um falso, miserável
e sórdido escravo...
eu vagaria feliz
por entre esses estreitos quilômetros quadrados.
Por isso, eu insisto,
sincero, eu repito...
Não me peça para tentar,
me faça um favor,
me solte, me esqueça nesse sul,
não me chame pra outros cantos,
não me importo com outros lados...
Eu não pertenço ao mundo,
eu sou do Rio...
Criado debaixo desses braços santos,
um ser folgado, solto, manso,
relaxado...
Vivendo sempre assim,
de acordo com esse meu eu lírico
muito bem intencionado.
eu pertenço ao Rio,
e ao frio que faz
quando faz vinte graus...
Pertenço ao endereço abençoado
dessas areias escaldantes,
dessa savana tupi-guarani,
com suas loiras movediças
e suas morenas com olhos de armadilha.
É que eu me sinto tão bem entre essas estacas
que só posso pedir que me esqueçam,
que me deixem viver entre os postos,
porque só aqui estou sempre
à postos de verdade para ser feliz...
E ainda que me tornasse escravo,
um falso, miserável
e sórdido escravo...
eu vagaria feliz
por entre esses estreitos quilômetros quadrados.
Por isso, eu insisto,
sincero, eu repito...
Não me peça para tentar,
me faça um favor,
me solte, me esqueça nesse sul,
não me chame pra outros cantos,
não me importo com outros lados...
Eu não pertenço ao mundo,
eu sou do Rio...
Criado debaixo desses braços santos,
um ser folgado, solto, manso,
relaxado...
Vivendo sempre assim,
de acordo com esse meu eu lírico
muito bem intencionado.
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