domingo, 24 de julho de 2016

Parar de bater

Mesmo no Rio a minha vida
anda cada vez mais São Paulo sem você,
e essa realidade dura,
me puxa pelas canelas,
me consome da cabeça aos pés...

Tô falando de nós dois, não minto,
eu to pensando em você,
enquanto vou sumindo,
apagando por aí,
junto de todo sinal do que um dia fui.

Mas hoje te tenho olhando o sol,
o azul do céu,
te enxergo claramente à noite,
com a lua,
eu falo de você em todos os assuntos,
não escondo, eu quase não finjo mais.

Às vezes as pedras da cidade me lembram da gente,
à toa, as telas de pôr do sol,
o asfalto molhado de qualquer noite,
os reflexos do amanhecer nas janelas,
às luzes dos postes na madrugada,
a falta tremenda que seus olhos me fazem.

Ah, eu tô cansado disso,
to cansado desse cinza todo,
dessa nuvem negra sob minha cabeça,
dessa aura de infelicidade,
dessa conspiração internacional,
desse mal que você me faz assim estando tão longe,
do mal que faço a mim mesmo,
desse amar e morrer constante,
desse caminhar de quem não vive.

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