Vejo gente branca tão escura que me dói só de olhar,
perdidos na lama de um tipinho que me faz querer matar.
Só desfilando pelas ruas, sempre de nariz pro alto,
e nos pés vão seus princípios, escondidinhos se arrastando no asfalto.
Mas hoje isso pouco importa,
eu já não vejo pessoas faz tempo, só vejo esses vultos em série.
Os verdadeiros assassinos da alma,
protagonistas de um genocídio astral,
transmitido no horário nobre em rede nacional.
E ainda que fora do tempo,
bate a dor de ser tão fraco, de ser tão rato.
E ai, pra serem, digo...
Só pra parecerem menos medíocres,
escolhem as ideologias mais baratas, discursos em promoção,
pagam quando podem, em 12 vezes no cartão.
São cachorros, cachorras sem alma,
latinos vira-latas, caninos que vivem, matam e morrem pela plata.
E eu falo sem pena por que já faz tempo não tenho bandeira,
sempre fui boca seca, sem papas, sem média.
Não amo ninguém...
Não vejo quem mereça isso de graça assim.
Não amo ninguém...
Porque na real eu só não sei viver sem mim.
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